Isolamento e identificação de Mycobacterium spp. em bovinos positivos no teste de tuberculinização.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25647 |
Resumo: | Em áreas onde a tuberculose humana e a tuberculose bovina coexistem, a diferenciação entre M. bovis e M. tuberculosis é importante para monitorar a disseminação de M. bovis entre bovinos e destes para os seres humanos, de maneira que o objetivo deste estudo foi isolar e identificar M. bovis em bovinos com diagnóstico positivo pelo teste de tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram utilizados 32 bovinos positivos ao teste de tuberculinização, dos quais foram colhidas amostras de qualquer órgão com lesões sugestivas de tuberculose, e nos casos em que não foram observadas lesões sugestivas foram colhidas amostras de linfonodos parotídeo, sublingual, retrofaríngeo, mediastínico e mesentérico. Amostras de leite foram coletadas de 16 animais de sete propriedades. Foram realizados exames histopatológicos, cultivo micobacteriológico, coloração de Ziehl Neelsen e diagnóstico molecular. Vinte e um (65,6%) animais apresentaram lesões sugestivas de tuberculose. Macroscopicamente, foram observadas lesões granulomatosas nodulares, de aspecto caseoso e/ou calcificado, focal e disseminadas, de tamanho e forma variados. Microscopicamente, foi evidenciado processo inflamatório do tipo granulomatoso em diferentes estágios de evolução, com extenso granuloma caracterizado por área central de necrose de coagulação, material eosinofílico homogêneo, núcleos fragmentados, restos nucleares e focos de mineralização, circundado por infiltrado inflamatório predominantemente de macrófagos e células epitelioides encapsulado por abundante tecido conjuntivo fibroso associado a várias camadas de células mononucleares. Com relação à distribuição das lesões de acordo com a região corporal, 77,7% localizavam-se na cavidade torácica, 12,4% na cabeça e 9,9% na cavidade abdominal. De 55 amostras de tecido submetidas ao cultivo de micobactérias, em 31 (56,4%) foram isoladas micobactérias, sendo que em 13 (41,9%) foi identificado M. bovis e nas demais 18 (58,1%) foi identificado Mycobacterium spp. Foram isoladas micobactérias de cinco (31,25%) das 16 amostras de leite, sendo três amostras classificadas como M. bovis, e duas como Mycobacterium spp. Conclui-se que o isolamento e a identificação de M. bovis e Mycobacterium spp. em bovinos positivos na tuberculinização no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, sugere que os seres humanos estão expostos ao risco de infecção. Isso reforça a necessidade de intensificação e otimização de medidas de prevenção e controle previstas no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina (PNCEBT), como o incentivo à certificação de propriedades rurais controladas e livres para tuberculose e medidas de controle de trânsito e feiras de animais. Particular atenção deve ser dada à importância da inspeção sanitária de animais de abate na identificação de focos de tuberculose, bem como sugere-se a realização de estudos de isolamento e identificação de micobactérias em outros Estados do Nordeste. |