Prática de leitura de mangá entre jovens leitores: investigação etnográfica.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/110 |
Resumo: | A presente pesquisa tem por objetivo investigar que práticas de leitura são desenvolvidas por integrantes de duas comunidades de leitura mangá no contexto dos encontros dos grupos e investigar como a escola os reconhece. Para isso, realizamos investigações em duas comunidades de leitura (uma através da modalidade presencial de interação e na outra por meios virtuais de comunicação) e em um pequeno grupo de professores de modo a conhecer como tais práticas, bem como seus sujeitos, são reconhecidos na esfera escolar. Utilizamos como referenciais teóricos para o estudo concepções dos gêneros textuais (BAKTHIN, 2000; BAZERMAN, 2006; COSTA, 2008; MARCUSCHI, 2008, 2002 e ROJO, 2005) e multimodais (DIONISIO, 2005; MOZDZENSKI, 2008 e WYSOCKI, 2004), de letramento(s) (BARTON & HAMILTON, 2000; KATO, 1986; KLEIMAN, 2004; MEY, 2001; ROJO, 2012, 2009; SIGNORINI, 2001; SOARES, 2003; MORTATTI, 2004; SOUZA, 2011; STREET, 2010, 2003) de leitura (ABREU, 2001; FREIRE & MACEDO, 1990; KLEIMAN, 2007; MARCUSCHI, 2001; MATENCIO, 1998; PIETRI, 2007; SILVA, 2004; SILVA, 2005; SILVA, 2004 e SOLÉ, 1998), estudos voltados à área de cultura e comunidade (BEAMISH, 1995 e LARAIA, 2008;), e sobre histórias em quadrinhos e mangás (FOGAÇA, 2003; GAZY, 2005; LUYTEN, 2005, 2000; MCCLOUD, 2008, 2005; MENDONÇA, 2005; MOLINÉ, 2006 e RAMA et. al., 2004). A presente pesquisa está inserida do paradigma interpretativista e é embasada pela concepção de Linguística Aplicada. Além disso, o estudo tem caráter qualitativo. No que se refere ao tipo de pesquisa empregado, utilizamos uma metogologia de base etnográfica a qual possibilita maior relação entre investigador e sujeitos investigados. A primeira etapa de geração de dados consistiu em entrevistas semi-estruturadas presenciais, como registros em diários de campo e documentos diversos. No caso da Comunidade de leitura virtual, os sujeitos foram investigados através de entrevistas virtuais via MSN e scraps do Orkut. Os resultados da pesquisa apontam que os incentivos expressos por colegas, a circulação do gênero, as temáticas abordadas e os aspectos multimodais do mangá, possibilitaram aos membros das comunidades a motivação para a leitura do gênero nipônico. Além disso, existem determinadas práticas que organizam os grupos para a leitura do mangá. Outro ponto que também merece destaque é referente aos os sujeitos leitores de mangás. Em sua maioria, sentem-se como tal a partir de conversas positivas com seus professores. Vale ressaltar também que os resultados indicam que os docentes entrevistados aparentam estarem abertos a uma concepção multiletrada de prática de leitura. O que viabiliza, de certo modo, o reconhecimento desses sujeitos para a leitura de um gênero não-escolar. |