Potencial antifúngico do extrato de própolis verde frente a leveduras do gênero Candida.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3085 |
Resumo: | Nos últimos anos houve um aumento na incidência de infecções fúngicas por espécies de Candida, gerando um grave problema de saúde pública. A Candidíase é uma infecção oportunista que produz lesões de superficiais a invasivas, onde o uso de fármacos de modo empírico produz resistência nas cepas, tornando difícil o tratamento e fazendo-se necessário à escolha de novas opções terapêuticas, na qual a própolis devido às inúmeras características biológicas tem um futuro farmacológico. Assim, objetivou-se avaliar o potencial antifúngico do extrato hidroalcoólico de própolis verde frente a leveduras do gênero Candida, por dois métodos de detecção de susceptibilidade. Foram utilizadas na pesquisa seis espécies de Candida ATCC, que foram gentilmente cedidas pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ, Brasil. Inicialmente, as isoladas foram reativadas em Ágar Sabouroud Dextrose por 72 horas e posteriormente foram testadas quanto o perfil de susceptibilidade frente ao extrato hidroalcoólico de própolis verde e ao fluconazol pelos métodos de referência de difusão em disco (M44-A2) e de microdiluição em caldo (M27-A3) do CLSI. As espécies de Candida foram consideradas como sensível, sensível dose-dependente e resistente, onde foi-se levado em consideração para ambos os testes os breakpoints de ≤ 62,5, 125-250 e ≥ 500 μg/ml para o extrato hidroalcoólico de própolis verde e ≤ 8, 16-32 e ≥ 64 μg/ml para o fluconazol, respectivamente. Em ambos os testes se foi considerado 50% de inibição para o extrato hidroalcoólico de própolis verde em relação ao fluconazol. Todos os isolados reativados mostraram-se viáveis para determinação da susceptibilidade, onde em relação ao teste de difusão em disco frente ao extrato de própolis verde, todas os isolados foram sensíveis dose dependente frente ao disco com concentração de 500 μg/ml. Frente ao fluconazol, apenas C. tropicalis foi sensível, as demais apresentaram resistência, ambos frente ao disco com concentração de 64 μg/ml. Diante da metodologia de microdiluição, frente ao extrato hidroalcoólico de própolis verde, os isolados sensíveis foram os isolados do complexo parapsilosis, a C. tropicalis (CIM e CFM de 15,63 μg/mL) e a C. fumata (CIM e CFM de 62,5 μg/mL); C. albicans apresentou sensibilidade dose dependente (CIM e CFM de 125 μg/mL). Já frente ao fluconazol, apenas a C. tropicalis mostrou-se sensível com uma CIM e CFM de 8 μg/mL, os isolados do complexo parapsilosis apresentaram-se como sensível dose dependente com uma CIM e CFM de 32 μg/mL e as demais apresentaram resistência com uma CIM e CFM de 64 μg/mL, não podendo se determinar a CFM. Comparando as metodologias apenas a C. fumata de comportou de modo semelhante frente as substâncias. Pode-se concluir que o extrato em questão, apresentou uma considerável atividade antifúngica frente aos microrganismos avaliados, isto deve-se a presença dos compostos fenólicos detectados pela CLAE, como o ácido 2,5 dihidroxibenzoico, ácido cafeico, catequina, miricetina e rutina; ambos os testes foram eficazes para determinar a atividade antifúngica das substâncias, no entanto, o microdiluição, é mais confiável para detectar a de extratos naturais, devido os mecanismos de penetração dos compostos secundários presentes no extrato serem melhor distribuídos na técnica de diluição. |