A semiótica e o conto popular: uma proposta de análise aplicável ao 9º ano do ensino fundamental.
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Formação de Professores - CFP PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/202 |
Resumo: | Também denominado de estória de Trancoso, o conto constitui um gênero de relevância reconhecida no universo da literatura popular oral. Apresentando grande capacidade de resistir ao tempo, este tipo de narrativa desempenha papel substancial no estabelecimento de relações dialógicas entre os envolvidos na atividade: enunciador e enunciatário. Com o propósito de explorar a leitura do conto popular no ensino fundamental elegeu-se neste trabalho como arcabouço teórico o modelo do Percurso Gerativo da Significação de Greimas. Nesse sentido, elaboramos como objetivo geral analisar o conto popular numa perspectiva semiótica, a fim de propor um modelo de estratégias de leitura deste gênero aplicável ao 9º ano do Ensino Fundamental. Seguiu-se um percurso metodológico constituído das seguintes etapas: compreensão da semiótica de linha francesa e realização de um estudo sobre o conto popular; coletânea de contos na comunidade de Brejo Santo, região sul do Estado do Ceará; seleção do corpus de análise entre os contos coletados; procedimento de uma análise dos contos selecionados, com construção de um modelo de análise aplicável ao 9º ano do Ensino Fundamental. Cada análise proposta apresenta três módulos para cada um dos três contos selecionados e cada módulo explora um nível de leitura. No primeiro nível, foram observados os sujeitos em busca de um objeto de valor, ajudados por um adjuvante, prejudicados por um oponente e destinados por um destinador. Observaram-se também as modalizações e os estados de junção e disjunção do sujeito de seu objeto de valor. No nível discursivo foram identificadas as relações intersubjetivas de espaço e de tempo, de enunciação e de enunciado. No nível fundamental foram verificados os elementos constituintes do quadrado semiótico, isto é, os contrários, os contraditórios e as implicações ou complementaridades, bem como as qualificações positivas e negativas. De um universo de quatorze contos, selecionaram-se três para constituir o corpus da pesquisa: Limoeiro doido, Senhora Santana e Moreno, um cangaceiro. A escolha desses três contos se justifica em razão das temáticas subjacentes perpassarem a cultura do povo de Brejo Santo-CE. O cangaço é outro tema bem característico na memória do povo de Brejo Santo. A fé e o cangaço, portanto, entrelaçam dois universos ricos em personagens presentes no imaginário coletivo. Nesta perspectiva, o conto Senhora Santana destaca a fé dos cidadãos brejo-santenses. Já o conto Moreno, um cangaceiro mostra a figura de um cangaceiro de existência real. E o último conto selecionado, Limoeiro doido, aborda a loucura como temática. Assim, compreendemos que a percepção dos sentidos do texto numa perspectiva semiótica, que levam a uma significação, configura-se relevante para uma leitura mais satisfatória do gênero conto à educação básica, especificamente 9º ano do Ensino Fundamental, como foi o proposto. |