Conhecimento etnobotânico do umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) e a elaboração de produto farináceo.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Educação e Saúde - CES PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16175 |
Resumo: | Uma das espécies mais comuns e promissoras da caatinga é o umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) que se adapta perfeitamente a períodos prolongados de seca, servindo assim como uma opção de sobrevivência alimentar para os rebanhos. Neste sentido, esta pesquisa teve como objetivo realizar uma análise prospectiva do umbuzeiro, investigar o conhecimento local dos alunos do ensino médio regular de escolas públicas do município de Cuité – PB acerca desta espécie-chave cultural, como também elaborar e determinar parâmetros físicos e químicos de um produto farináceo a partir das folhas desta planta a partir de diferentes métodos de secagem. No primeiro manuscrito, o estudo prospectivo de S. tuberosa foi realizado através do mapeamento dos pedidos de depósito de patente nas bases de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, World Intellectual Property Organization e Derwent Innovations Index, no período de agosto a outubro de 2018. Os dados extraídos foram incluídos em planilhas eletrônicas cujos descritores foram: o número de pedidos de depósito, ano, país de depósito, tipos de depositantes, a área de aplicação e o código de Classificação Internacional de Patentes. Os resultados mostraram que foram contabilizados 11 pedidos de depósitos não repetidos, entre os anos de 2010 e 2016, onde os depositantes eram, na maioria, pesquisadores brasileiros inseridos na área de alimento, seguida da área química e da área de biotecnologia. Tais resultados foram categorizados em seções (A e C) e em oito classes de acordo com a sua aplicação (A23B, A23G, A23L, A47J, A61K, A61P, C07C e C07H). No segundo manuscrito foram realizadas entrevistas formais com aplicação de questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas, construção de gráfico histórico e cartazes, aula de campo e visualização microscópica de células. Uma análise descritiva dos aspectos informados pelos participantes da pesquisa foi realizada seguindo o modelo da Análise do Discurso e as análises quantitativas foram trabalhadas através de programas estatísticos no período de fevereiro a novembro de 2019. Os estudantes participantes da pesquisa conheciam o umbuzeiro e suas partes constituintes, citaram o fruto para alimento na produção de umbuzada e suco e para a comercialização, afirmaram que esse conhecimento é de origem familiar. Para eles, os animais que mais consomem o umbuzeiro são o boi e a vaca, dividiram opinião a respeito de ser uma planta sagrada e não souberam dizer se o umbuzeiro era uma planta medicinal. Percebeu-se que o desenvolvimento de atividades pedagógicas foi uma excelente motivação para a participação efetiva dos alunos, possibilitando uma troca de saberes enriquecedora. O terceiro manuscrito consistiu na realização de um processo tecnológico simples capaz de otimizar o uso de S. tuberosa como forragem a partir da elaboração de um produto farináceo utilizando a secagem das folhas em estufa e em forno micro-ondas doméstico, em Agosto de 2020. Os resultados obtidos mostraram que o processo de secagem é viável e imprescindível para a eliminação da água presente nas folhas do umbuzeiro, garantindo assim uma diminuição na deterioração do material e sua conservação. Pôde-se perceber que as farinhas produzidas apresentam uma eficiência semelhante nos métodos de secagem empregados, no entanto, a farinha em FMO apresentou menores valores de teor de água e atividade de água, limitando assim a capacidade de desenvolvimento de microrganismos por mais tempo. |