Dotadas de bens: os enlaces matrimoniais no sertão de Piranhas e Piancó (capitania da Paraíba do Norte, século XVIII).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOARES, Baíza Faustino.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1036
Resumo: O costume do dote foi uma prática de Antigo Regime habitual em grupos familiares opulentos com o intuito da conservação de seu patrimônio e funcionou como estratégia de manutenção de uma poupança social para grupos de poder locais. Por meio de vestígios deixados nos Livros de Notas pela pena dos tabeliões que outorgavam perante a lei os desejos de homens e mulheres nos sertões da Capitania da Paraíba do Norte setecentista, buscamos nesta pesquisa analisar o costume do dote numa sociedade marginal ao Império lusitano e em formação, localizada na Povoação de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Piancó (e, a partir de 1772, Vila de Pombal). Os registros cartoriais nos propiciam o estudo do costume dos arranjos matrimoniais – com o nome de seus cônjuges, parentes e caudais a serem dispostos – capazes de tecer pequenas redes sociais construtoras de um ethos baseado na posse da terra. Partimos do pressuposto da existência, numa rígida sociedade estamental patriarcal, de uma centralidade política e social das mulheres para a instituição e legitimidade de uma elite local nos recantos do Sertão das Piranhas e Piancó no setecentos.