Desenvolvimento de esferas de quitosana/Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants para aplicação como biomaterial.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1061 |
Resumo: | Diversos biomateriais tem sido desenvolvidos para preencher ou reconstruir defeitos ósseos, dentre esses destaca-se a quitosana por seu potencial osteoindutor. Outras substâncias que tem despertado o interesse da comunidade científica são os fitoterápicos, nesse grupo encontra-se o mastruz (Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants), por apresentar capacidade de estimular e acelerar o reparo ósseo. Sendo assim, este trabalho objetivou desenvolver e avaliar esferas de quitosana/ Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants para aplicação como biomaterial para regeneração óssea. Para tanto foi feita a coleta e identificação botânica da espécie vegetal, em seguida foi produzido o extrato alcoólico bruto (EAB) do qual foi realizada a caracterização fitoquímica. Feito isso, foram confeccionadas esferas, pela técnica de geleificação ionotrópica, utilizando o Tripolifosfato de sódio (TPP) como agente de reticulação e em seguida as mesmas foram lavadas com água destilada e colocadas para secagem na estufa. Após esse processo, as esferas de quitosana e quitosana com diferentes concentrações do EAB foram caracterizadas utilizando Microscopia Ótica (MO); Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV); Espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR); Medida do diâmetro das mesmas; ensaios de Citotoxicidade in vitro, Biodegradação enzimática in vitro e Compressão. O resultado da caracterização fitoquímica, demonstrou a presença de esteróides, saponinas e principalmente flavonóides no extrato alcóolico bruto (EAB). A MO evidenciou a formação de esferas bem delimitadas e com tendência a ficarem mais escuras a medida em que se aumentava a concentração do EAB; a MEV revelou a presença de uma superfície externa enrugada e uma superfície interna com aspecto denso devido ao processo de secagem na estufa. O estudo químico realizado através do FTIR identificou todas as bandas características típicas de cada material estudado nesta pesquisa; e nas esferas produzidas, verificou-se a interação do TPP com a quitosana. A medida do diâmetro das esferas de quitosana sem incorporação EAB (Q0) foi menor em comparação aos demais grupos: quitosana+5% de EAB (Q5), quitosana+10% de EAB (Q10) e quitosana+20% de EAB (Q20). Todas as amostras foram consideradas não citotóxicas; com relação à biodegradação, na presença de lisozima, as esferas de todos os grupos apresentaram perda de massa em todos os tempos estudados, já na solução Phosphate Buffered Saline (PBS) foi observado um ganho de massa em todos os grupos nos diversos tempos estudados. O grupo Q0 suportou maior carga compressiva e também deformou mais, antes de fraturar, quando comparado aos grupos Q5, Q10 e Q20. Desta forma pode-se concluir que a metodologia para produção de esferas foi de fácil execução, sendo por tanto reprodutível e que por meio das caracterizações realizadas observou-se que o EAB, tornou as esferas maiores, atuou como agente reticulante da quitosana, aumentando o tempo de degradação e também a carga compressiva suportada e deformação sofrida até a fratura. Dessa forma a incorporação do EAB foi favorável para utilização das esferas como possível agente osteoindutor, visto que os produtos da sua degradação podem atuar com esse propósito, sendo as esferas do grupo Q20 as mais indicadas para áreas com dimensões anatômicas reduzidas |