Análise das vulnerabilidades dos assentamentos rurais e o papel da comissão pastoral da terra/sertão no processo de reforma agrária no município de Cajazeiras/PB.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1680 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como objetivo analisar as vulnerabilidades social, econômica, à seca, ambiental, tecnológica, cultural e política dos sete assentamentos rurais do município de Cajazeiras – PB, Santo Antônio, Frei Damião, Frei Beda, Edvaldo Sebastião, Valdecir Santiago, Mãe Rainha e Santa Cecília, como também a história de vida dos assentados que se dispuseram a relatar suas histórias no sentido de rememorá-las. O diálogo entre o passado e o presente dos personagens reconstitui suas experiências cotidianas vividas, levando para uma compreensão detalhada das crenças, atitudes, lembranças e valores dos mesmos. Analisou-se também o papel da Comissão da Pastoral da Terra no processo de Reforma Agrária no Alto Sertão e sua participação no processo de desapropriação dos assentamentos pesquisados e sua contribuição nas práticas materiais de vida, de trabalho que esses agricultores vêm utilizando para a permanência nestes assentamentos rurais, a importância do ambiente e suas formas de proteção. Para a realização da pesquisa utilizou-se da metodologia de História Oral apresentada como fio condutor dos caminhos delineados, permitindo o diálogo entre o passado e o presente dos personagens, assim os mesmos podem reconstituir suas experiências cotidianas vividas. Para analisar os fatores de vulnerabilidades utilizou-se da metodologia aplicada para o Diagnóstico de Vulnerabilidades, uma vez que esta metodologia responde pelo o resultado levantado dos Fatores de Vulnerabilidades (social, econômica, à seca, ambiental, tecnológica, cultural e política) nos assentamentos pesquisados. Quanto à técnica para coleta de dados, utilizou-se o estudo de campo, entrevistas semiestruturadas (temáticas e de história de vida), questionários semiestruturados e observação participante. Para a sistematização dos resultados levantados procedeu-se com uma abordagem quali-quantitativa de forma comparativa, tratando-se de uma aproximação entre a análise qualitativa e quantitativa, e tendo uma abordagem quantitativa na sistematização de parte dos dados, estes sendo compilados em gráficos, tabelas e também discutidos à luz da narrativa descritiva. Os resultados obtidos no estudo atestam a importância da existência de iniciativas e reais mudanças na vida dos moradores dos assentamentos pesquisados. Para às famílias entrevistadas, a Comissão Pastoral da Terra/Sertão foi a entidade principal pelos resultados das conquistas alcançadas por eles, tanto no momento inicial pela desapropriação, como nos anos iniciais de assentamento pelas mudanças significativas no modo de vivência dos assentados. Por outro lado, o estudo das vulnerabilidades aponta que a maioria dos assentamentos apresenta vulnerabilidade alta e muito alta. O alto índice de vulnerabilidade, algo preocupante para política de Reforma Agrária do INCRA, pois atestam que as condições socioeconômicas, ambiental políticas e cultural das comunidades assentadas são precárias. O alto índice de vulnerabilidade é atribuído à escassez de chuvas nos últimos anos, à suspensão da assessoria técnica rural por parte do INCRA e à demora da liberação de empréstimo das linhas de crédito do Pronaf para alguns assentamentos. As linhas de crédito do Pronaf são de suma importância para a manutenção dos assentados nas comunidades rurais, pois criam condições para o alcance, por parte dos agricultores assentados, de uma qualidade de vida digna no campo. A assessoria técnica rural deve interagir e capacitar as famílias assentadas de forma a orientar e facilitar a execução de suas ações, tornando-as mais fortalecidas e enraizadas no lugar. |