Estéticas da existência e sexualidade operária: discursos LGBTTTs no chão de fábrica em Campina Grande-PB (2009 -2016).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ARAÚJO, João Diogo Trindade Cordeiro.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/710
Resumo: Essa dissertação de mestrado tem por objetivo discutir como eram vivenciadas as práticas educativas da sexualidade e as estéticas da existência a partir das narrativas orais dos operários LGBTTTs que atuavam de forma direta ou indireta no chão de fábrica da cidade de Campina Grande – PB, no período que vai de 2009 a 2016. Para costurar os corpos analisados nesse texto, dialogamos com a História do Tempo Presente a partir das narrativas de operários homoafetivos cisgêneros, assim como através de uma operária transexual e de suas memórias. Problematizamos as práticas educativas da sexualidade, como o machismo, a homofobia e a transfobia, com fins de oferecer visibilidade a sujeitos que, por representarem uma minoria historicamente excluída da sociedade, são alvos do discurso biológico. As narrativas foram interpretadas pelas tramas da História Cultural, com a metodologia da Análise do Discurso sob o prisma de Michel Foucault (1985), autor que colaborou com os conceitos sobre o dispositivo da sexualidade e estética da existência. Judith Butler (2008) se fez presente na discussão sobre o conceito de abjeto e Guacira Lopes Louro (2015) emergiu traçando uma linha tênue entre gênero e corpo. Com esses olhares teóricos, identificamos nas experiências fabris as relações entre operários masculinos e suas singularidades. Observamos as táticas para se aproximar afetivamente ou assediar sexualmente o outro, que representava a diferença de gênero e sexualidade no âmbito do trabalho. Concluímos que no cotidiano dos operários LGBTTTS percebemos as táticas de defesa para sobreviver a um ambiente impregnado por práticas discriminatórias.