Geotecnologias aplicadas a degradação ambiental da subbacia do Rio Piancó no semiárido paraibano: uma análise espaço-temporal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Luan Dantas de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37320
Resumo: O Nordeste Brasileiro faz parte das regiões semiáridas que compõem o globo, denominada no Brasil de Caatinga, diferencia-se das demais florestas tropicais sazonalmente secas do mundo, por possui a maior diversidade de espécies. Essa região vem sendo povoada desde o século XVI, se tornando a zona semiárida mais povoada. Seus habitantes se concentram em locais próximos as fontes de água, devido a escassez hídricas em determinados períodos, explorando os recursos naturais, e promovendo a agricultura e pecuária. Umas das principais Bacias Hidrográficas do Nordeste é a Bacia Hidrográfica do Piranha-Açu, situada no sertão Paraibano e Potiguar, que se divide em 11 Sub-Bacias, dentre elas temos Sub-Bacia do Rio Piancó, na qual, possui umas das principais fontes de recursos hídricos para os residentes do Sertão da Paraíba. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo classificar a degradação ambiental e a cobertura vegetal da Sub-Bacia do Rio Piancó no sertão paraibano em um período de 30 anos. Utilizando-se técnicas de Sensoriamento Remoto e Processamento Digital de Imagens. Para isso, empregou-se geotecnologias na identificação e monitoramento das áreas em processo de degradação. A metodologia se angariou em um enfoque dedutivo e comparativo na análise dos usos e da degradação ambiental, permitindo a identificação dos padrões espaciais, temporais e semânticos da vegetação e da degradação ambiental, gerando informações detalhadas sobre as classes de vegetação e dos níveis de degradação da Sub-Bacia do Rio Piancó. Para isso, foram analisadas a média climatológica e estatística descritiva da precipitação de cada município que compõem a Sub-Bacia. Também, foi realizado um levantamento do uso do solo pela Plataforma SIDRA do IBGE, observando o censo agropecuário e a área colhida. Para o processamento digital de imagens empregou-se o software de código livre QGis. Inicialmente, foram feitas caracterização do local de estudo, aquisição das imagens de satélites junto ao site USGS. As imagens utilizadas são as do satélite TM/LANDSAT-5 e do satélite OLI/LANDSAT 8. Para a classificação da vegetação e das classes de degradação foi utilizado o NDVI correspondente aos anos de 1993, 2003, 2014 e 2023. No qual, por meio de imagens orbitais multitemporais e de técnicas de processamento digital de imagens aplicadas, obteve-se a caracterização espaço-temporal da vegetação e dos níveis de degradação na área de estudo. Posteriormente, foram feitas observações de campo para subsidiar a classificação e elaboração dos mapas temáticos. A Sub-Bacia apresentou, durante o período analisado de 30 anos, maior expressividade de níveis de vegetação na classe semidensa e rala. Quanto as classes de degradação, no ano de 1993, 42,78% da SBRP apresentava níveis de degradação moderado grave. Nos anos que se sucedem, a SBRP mantém-se com maior parte de sua extensão com níveis moderado grave expressivos. Contudo, nota-se uma atenuação nos níveis de degradação grave que nos anos de 2003, 2014 e 2023 correspondiam a 14,79, 12,07 e 7,99%, respectivamente. Ao tempo que o nível de degradação moderado aumenta de 18,14% em 2003 para 62,76% em 2023. Os resultados evidenciam a supressão da vegetação no decorrer do tempo, fato que reverbera nos níveis de degradação obtidos. Períodos de maior degradação estão intrinsecamente correlatos com períodos de maior atividade agropecuária, indicando, uma necessidade de manejo adequado para a exploração da Sub-Bacia.