Custo da água com vistas à sustentabilidade dos sistemas urbanos de abastecimento.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: FIGUEIREDO JÚNIOR, José Vieira de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16945
Resumo: O objetivo geral desta tese é estabelecer um modelo para a identificação da tarifa de água, cobrada pelas empresas de saneamento do Brasil, que garanta a sustentabilidade de sistemas de abastecimento de água, levando-se em consideração critérios financeiros, econômicos, sociais e ambientais. A justificativa de tal estudo decorre do fato da necessidade de novas estratégias empresariais e propostas de gerenciamento, compatíveis com o novo cenário de competitividade vigente e a implementação de mecanismos que gerem, entre outros itens, eficiência econômica, suficiência financeira, eqüidade social, adequação ambiental e cobertura equilibrada dos serviços prestados. Este trabalho propõe uma metodologia para cálculo da tarifa sustentável em função das classes socioeconômicas da população atendida, e sua aplicação foi efetuada no sistema de abastecimento da cidade de Natal – RN. Identificou-se o valor da tarifa média em R$ 3,67/m3 e, com a utilização de subsídios cruzados, foi efetuado o cálculo para as diversas classes sociais. O nível de subsídio mais adequado para ser utilizado é de 49,5% e, com este índice, o valor da tarifa da classe E, classe menos favorecida socialmente, será, considerando o ano base de 2007, de R$1,85/m3. Este escalonamento das tarifas mostra que, para os consumidores da classe A, classe mais favorecida socialmente, a tarifa média mensal teria um acréscimo de 37%, e seria de R$ 5,03/m3. Com o modelo apresentado nesta tese, a estrutura tarifária variará de acordo com as condições sócio-econômicas dos usuários. Mediante o acréscimo da tarifa para as camadas de população dos estratos superiores, permite-se obter uma tarifa diferenciada para as populações mais pobres. Como a arrecadação para a empresa se mantém suficiente para cobrir seus custos, este equilíbrio é formado pelo balanceamento da tarifa entre xvi os diversos grupos de usuários. Com a adoção das tarifas propostas, o sistema de abastecimento da cidade de Natal seria totalmente sustentável econômico e financeiramente, com a garantia da preservação ambiental da área de influência do sistema, proporcionando, ainda, uma maior justiça social para os consumidores de classes diferenciadas.