Plantas tóxicas para bovinos em Mato Grosso.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25365 |
Resumo: | Esta tese inclui quatro artigos relacionados a intoxicação por plantas no Estado de Mato Grosso. Uma revisão sobre as principais plantas tóxicas da região Centro Oeste constitui o primeiro capítulo. O segundo capítulo é composto por um artigo que se refere à descrição de um surto de intoxicação aguda por Pteridium arachnoideum e Pteridium caudatum em bovinos, bem como à distribuição dessas plantas no Estado de Mato Grosso. Pteridium spp foi observada em 83 propriedades de nove municípios de Mato Grosso e deste total, amostras de 22 propriedades foram coletadas para classificação taxonômica. Em 22 propriedades classificou-se P. arachnoideum e em duas dessas havia também P. caudatum. Na propriedade em que ocorreu a doença, 306 bovino foram introduzidos em uma pastagem formada por Brachiaria brizantha intensamente invadida por P. arachnoideum e P. caudatum e desses 22 bovinos adoeceram e morreram. Os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos dessa doença foram descritos e discutidos. O crescente desmatamento e a frequente utilização de queimadas em Mato Grosso podem contribuir para que esta doença venha a ser uma importante fonte de prejuízos para a pecuária do Estado. No terceiro capítulo descreve-se o perfil de 40 propriedades rurais com pastagens invadidas por P. arachnideum na região norte de Mato Grosso, bem como a prevalência de hematúria enzoótica bovina (HEB) em bovinos de leite e corte nessa região. A HEB foi observada em 15/40 propriedades com prevalências variando entre 0,8 e 16,6%. Aspectos relacionados à implantação das pastagens e manejos utilizados foram discutidos. A maior parte das propriedades que apresentaram HEB possuíam pastagens altamente invadidas pela planta, enquanto que a maioria das propriedades que nunca apresentaram animais acometidos por HEB possuíam pastos com áreas invadidas abaixo de 10%. O desmatamento e a utilização de queimadas foram fatores determinantes na invasão de piquetes por P. arachnoideum. Um estudo onde foram descritos seis surtos de intoxicação espontânea por Senna obtusifolia, bem como a reprodução experimental da doença compõe o quarto capítulo. A morbidade da doença variou entre 2% e 27,9% e a letalidade foi de 100%. A doença afetou um total de 30 bovinos e, destes, oito foram necropsiados. Para a reprodução experimental da doença, folhas verdes e vagens de S. obtusifolia coletadas em diferentes épocas foram ministradas a seis bovinos em doses diárias totalizando entre 9% e 38% do peso corporal. Os bovinos acometidos pela doença espontânea, bem como os experimentalmente intoxicados apresentaram sinais clínicos e lesões relacionados a miopatia tóxica e necrose hepática aguda tóxica. Neste estudo, S. obtusifolia coletada na mesma área, porém em meses ou anos diferentes apresentou variação na toxicidade. A intoxicação por S. obtusifolia é uma importante causa de morte de bovinos no Estado de Mato Grosso. A doença causada por esta planta, em bovinos, é similar à intoxicação por S. occidentalis, porém na intoxicação por S. obtusifolia, além das lesões musculares, comumente observadas na intoxicação por essas duas plantas, pode-se verificar ainda necrose hepática aguda. |