O processo de transposição didática no jornal e na escola.
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2563 |
Resumo: | O objetivo geral deste trabalho é refletir sobre as implicações da transposição didática para o ensino de leitura de textos jornalísticos. Trata-se de uma pesquisa interpretativista e interdisciplinar que analisa as ações e os recursos de transposição didática em dois espaços: em aulas de leitura de uma professora de filosofia e no suplemento infantil Diarinho, publicado pelo Jornal Diário de Pernambuco. O objeto aqui analisado se materializa no texto jornalístico e na exposição da professora, uma vez que ambos têm a intenção de expor uma matéria a um leitor/aluno supostamente menos informado. Destas duas esferas sociais, retirou-se o corpus desta pesquisa, que é composto por 10 exemplares do suplemento e por quatro aulas de leitura. Para estudá-lo, foram mobilizadas as concepções de leitura e de transposição didática correntes no âmbito da lingüística aplicada. Foram utilizados três procedimentos de análise de dados que resultaram nos três capítulos de interpretação dos dados, a saber: (1) identificação e descrição de recursos e ações de transposição didática empregadas pelos jornalistas, (2) identificação e descrição de recursos e ações de transposição didática empregadas pela professora, (3) comparação dos recursos e ações de transposição didática descritos na primeira e segunda etapa. Para realização do processo de transposição didática no jornal ou na escola, a análise dos dados revela que é preciso estabelecer um contrato didático em que um locutor informado transmite um saber a um sujeito menos informado que supostamente aceita esta situação de aprendizagem. Também mostra que as ações de explicar e de informar parecem ser indissociadas tanto no suplemento quanto na escola, pois, ao mesmo tempo em que o jornalista e a professora informam também explicam. Para isso, os recursos de transposição, além de variados, são recorrentes. No suplemento, identificamos vinte e dois recursos de transposição didática e na aula de leitura dezenove. Doze desses recursos são comuns às duas esferas, entre eles destacam-se a intertextualidade, o conhecimento vocabular e a interação com o leitor/aluno. A conclusão deste trabalho aponta que os saberes ensinados na escola através do suplemento percorrem duas cadeias de transposição didática: uma que se origina na esfera escolar e outra na comunicação social. Aponta ainda que jornalistas e professores são os principais agentes destas cadeias e dividem uma responsabilidade pedagógica ao difundir diversas informações e referências identitárias, através das quais podem ajudar a aceitar/rejeitar ou refletir sobre as temáticas sociais. |