Desenvolvimento de filmes híbridos de quitosana/fosfato de cálcio com incorporação de vitamina E.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SOUSA, Wladymyr Jefferson Bacalhau de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7901
Resumo: A cada ano pesquisadores vem buscando, cada vez mais, desenvolver ou aperfeiçoar materiais que minimizem problemas de saúde e promovam ou auxiliem a regeneração óssea. Os biomateriais permitem desenvolver produtos que atendam as necessidades do organismo de forma a auxiliar nos processos reconstrutivos e consequentemente melhorar a qualidade de vida da população. A quitosana, devido as suas características de biodegradabilidade, biofuncionalidade e biocompatibilidade, tem despertado interesse dos pesquisadores no intuito de obter novos materiais e quando aplicada a Biomedicina, se torna um biomaterial que favorece a incorporação de outros materiais como a apatita que esta presente nos ossos e a vitamina E que potencializa o compósito pois tem o poder de auxiliar na regeneração de tecidos. Este trabalho teve como objetivo desenvolver filmes biodegradáveis de quitosana/fosfato de cálcio-apatita com incorporação de Vitamina E para utilização como biomateriais. Nesta pesquisa os compósitos de quitosana/apatita (1, 3 e 5%) com e sem vitamina E (proporção de 15 mg por filme) foram preparados e caracterizados por Difração de Raios-X (DRX), Espectroscopia na Região de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Molhabilidade por Angulo de Contato, Analise de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva de Raios X (EDS), Microscopia Óptica (MO), Ensaio de Biodegradação Enzimática, Ensaio de Citotoxicidade e Determinação da Produção de Óxido Nítrico. A técnica de DRX mostrou que a incorporação da vitamina E e da apatita alteraram o perfil semicristalino da membrana de quitosana tornando-a mais cristalina. Com a técnica de FTIR foi constatado que a adição de vitamina E e de apatita nas membranas de quitosana não alteraram os grupos funcionais característicos da quitosana. A analise de Molhabilidade por Angulo de Contato indica hidrofilicidade dos compósitos. Os elementos químicos presentes na quitosana, vitamina E e apatita assim como nos compósitos foram detectados pela técnica de EDX. Por meio das técnicas de MO e MEV, foi possível observar que ocorreu a incorporação da apatita e da vitamina E na membrana de quitosana e ainda mostrou a presença de partículas granulares de tamanhos e formas variadas. Pode-se concluir com os resultados de DSC que a apatita não alterou estabilidade térmica da quitosana ao contrario da vitamina E que aumentou a estabilidade do compósito e a mesma, diferente dos outros elementos, apresentou dois picos endotérmicos. Os ensaios de biodegradação apontaram que as membranas são biodegradáveis principalmente na presença da lisozima. O ensaio de MTT e NO confirmaram a biocompatibilidade, pois os compósitos demonstraram pouca ou nenhuma citotoxicidade. Fundamentado pelos dados obtidos neste trabalho e possível concluir que a membrana de quitosana-vitamina E com 1%, 3% e 5% de apatita apresenta viabilidade para ser utilizado como biomaterial na regeneração óssea.