Obtenção de mulita a partir do resíduo do caulim.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: BRASILEIRO, Maria Isabel.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3378
Resumo: No processo de beneficiamento do caulim residual são gerados dois tipos de resíduos que são lançados nos ecossistemas. O primeiro resíduo, cerca de 70%, é gerado quando da lavagem do caulim bruto e o segundo resíduo é gerado quando do beneficiamento em peneira ABNT N° 200 (0,074mm), dos 30% restante do caulim lavado. Esse segundo processo de beneficiamento acarreta ao resíduo qualidades excelentes para que possa vir a ser uma matéria-prima de primeira qualidade, já que separa boa parte do quartzo, ficando a caulinita como argilomineral principal. Quando a caulinita é submetida a queima surgem duas fases estáveis: mulita e cristobalita. O produto principal após a sinterização da caulinita em altas temperaturas é a mulita. Mulita é uma fase estável em altas temperaturas do sistema silica-alumina, ocorrendo da reação no estado sólido entre Al203 e Si02 Propriedades da mulita como baixa expansão térmica, baixa constante dielétrica e alta resistência ao desgaste e resistência mecânica, têm identificado a mulita como um material para ser aplicado em produtos eletrônicos e em aplicações estruturais de alta temperatura. Resíduos de caulim contendo os óxidos mencionados acima podem ser beneficiados e transformados em produtos úteis. No presente trabalho, composições contendo resíduo de caulim, alumina e ball-clay, passadas em peneira com abertura de 0,15 mm, foram estudadas para obter mulita. As composições foram formuladas usando um programa de computador denominado REFORMIX 2.0, desenvolvido pela Universidade Federal de São Carlos. Os corpos de prova foram conformados por prensagem de 27 MPa, em seguida foram sinterizados nas temperaturas entre 1350 e 1500°C/1h e em 1500°C/3h, com taxa de aquecimento de 10°C/min, e posteriormente, submetidos a análise de propriedades físico-mecânicas e caracterização de fases cristalinas por DRX. Através dos resultados da análise química das massas formuladas, foi constatado que as proporções dos óxidos foram próximas da estequiometria da mulita e que a sua sinterização, nas temperaturas estudadas, levou a formação da mulita, sendo confirmada pela análise do difratograma de difração de raios - X. Os resultados também mostraram que as composições com maior teor de sílica e submetidos a temperaturas de queima mais altas e com tempo de permanência de 3h, apresentaram as melhores propriedades.