Entre as garras do couro e os salões de artesanato: considerações acerca do ofício couteiro em Ribeira de Cabaceiras.
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2386 |
Resumo: | Este trabalho apresenta reflexões acerca das atividades artesanais tradicionais encontradas na região de Ribeira (distrito de Cabaceiras - situado na região do Cariri ocidental, no Estado da Paraíba). Estando subdividido em três capítulos, o qual se respalda em pesquisas de campo e bibliográficas acerca das concepções de estudiosos como E. P. Thompson, Nestor Garcia Canclini e Maurice Halbwach. No primeiro capítulo, levantamos uma discussão acerca da importância do artesanato na comunidade de Ribeira. Fizemos algo que consideramos essencial para esta pesquisa que foi conceitualizar o artesanato e suas principais formas de apresentação na sociedade atual. Além disso, historicizamos como, a partir dos anos 1990 alguns projetos institucionais foram instituídos, no sentido de inventar o município de Cabaceiras como território da tradição e como isso afetou de forma direta e indireta a vida e o trabalho doa artesãos e, isso nos proporcionou pensar sobre dois elementos constitutivos do nosso trabalho: tradição e memória. No capítulo dois, discutimos como as práticas instituídas como tradicionais passam a ser valorizadas no mundo globalizado e como os artesãos passam a (re)inventar estratégias de convivência com a aldeia global que lhes fornece inúmeras possibilidades como por exemplo, a de oferecer seus artefatos como símbolos do saber-fazer tradicional. Nesse sentido, utilizamos conceitos como o de hibridização, utilizado por Nestor Canclini, que nos oferece possibilidades de entendimento do artesanato como uma atividade em constante processo de (re) significação para a convivência com a globalização. Já no terceiro capítulo dedicamos os nossos estudos a dois artesãos considerados os mais antigos e, respectivamente, os mais experientes do lugar. Estes, apresentam-se como desvinculados dos programas sociais e institucionais implementados por governos e instituições ao longo dos últimos vinte anos. Maurício Marçal e José Messias são considerados de extrema importância para a comunidade haja vista que os mesmos trazem em si um depositário de saber fazer no que concerne aos ofícios tradicionais no couro. |