Imagens do "mesmo outro": (re)apropriações da velhice no centro de convivência em Campina Grande.
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2556 |
Resumo: | Este trabalho tem o propósito de investir em indagações sobre as linguagens subjetiva(da)s de velhice que se instalam no cotidiano do Centro de Convivência, espaço que reúne grupos de terceira idade na cidade de Campina Grande. Neste universo de análise, os idosos participantes são pensados enquanto sujeitos praticantes do espaço, à medida que usam os espaços físicos e simbólicos de maneira plural e a partir destes usos cotidianos, (re)criam sentidos e significados etários e de gênero. Procuramos (re)pensar os sentimentos de velhice (rc)apropriados e representados, a partir das experiências de gênero, infantes e juvenis demarcadas no contexto temporal das décadas de 1940-1960 no cenário paraibano. O que significava ser criança e/ou ser jovem no contexto das décadas de 1940-1960 marcado pelas relações patriarcais? Como os idosos representavam suas outras identidades etárias e como representavam sua velhice a partir das relações construídas no Centro de Convivência? Suas representações infantes e juvenis possibilitaram a desconstrução dos lugares sociais atribuídos às demarcações etárias, lugares que foram construídos e referendados pelos discursos defensores da institucionalização do curso da vida na modernidade. Os desejos infantes e juvenis em sua maioria foram recalcados e silenciados durante as vivências experienciais da infância e da juventude, a experimentação da velhice sob o signo da terceira idade acionou a possibilidade de ressignificação de suas outras identidades etárias. Para a maioria das mulheres entrevistadas, a participação nas atividades interacionais do Centro de Convivência representa/representou o exercício da liberdade tolhida durante anos pelos pais e posteriormente pelos maridos, suas narrativas enfatizaram a viuvez enquanto símbolo de uma estética da liberdade, vivenciada nas práticas de sociabilidades. Para a maioria dos homens, as atividades do Centro de Convivência representaram uma forma de reengajamento social, depois de se tornarem aposentados. Entre narrativas institucionais e não institucionais e representações senescentes e de gênero movidas pelos dispositivos da tradicionalização e destradicionalização, transitam os idosos praticantes dos espaços os quais circulam cotidianamente no Centro de Convivência, dando visibilidade ao cenário ambivalente da cidade de Campina Grande. |