O impacto da Revolução Russa no Brasil : a classe operária na imprensa e no parlamento brasileiro (1917-1920).
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1372 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo demonstrar de que maneira a Revolução Russa impactou a sociedade brasileira em dois eixos principais. O primeiro, demonstrar as ressonâncias na classe trabalhadora brasileira, analisando como fora recepcionado a Revolução na mentalidade dos elementos mais conscientes da classe trabalhadora e, também através das entidades de classe: partido, associações, clubes e sindicatos. Nesse contexto, a Revolução Russa convergiu com o momento de intensa luta de classes no Brasil, marcado pelo um movimento de greve geral, contra a carestia de vida, em 1917. Desse modo, verificamos que a Revolução Outubrina influenciou uma parte do movimento operário anarquista e socialista a adotar a estratégia das greves revolucionárias, objetivando a derrubada do capitalismo. Já o segundo aspecto coaduna com o primeiro, uma vez que a intensificação das mobilizações operárias internas e as dezenas de tentativas de revoltas, motins e revoluções que estavam ocorrendo em várias partes do mundo, serviram de alerta para parte das elites brasileiras que começou a defender uma Legislação Trabalhista, visando amparar a classe trabalhadora, mas também objetivando debelar as ideias de revolução social advinda da Rússia. A partir de então, surgir um grande debate na câmara dos deputados sobre adoção ou não de um projeto chamado Código do Trabalho. Aos que defendiam o projeto, usaram da retórica do perigo revolucionário, que era um problema as democracias liberais Europa estavam enfrentando. Em suma, queremos demonstrar ao longo desta dissertação que o aspecto externo que pressionou para aprovação de uma parte do Código do Trabalho foi a revolução que abalou o mundo, emanada na terra dos sovietes. |