"Borboletas azuis" de Campina Grande: crenças, práticas e lutas de um movimento messiânico-milenarista.
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7358 |
Resumo: | Os "Borboletas Azuis" de Campina Grande/PB/Brasil alcançaram destaque nacional e ate mundial devido a propagação de uma profecia que afirmavam ter recebido do próprio Jesus, a qual afirmava a ocorrência de um diluvio, a nível mundial, para o dia 13 de maio de 1980. O movimento e uma contestação as transformações da Igreja Católica Romana a partir do Concilio Vaticano II, onde foram tomadas medidas em favor de liturgias mais adequadas a cultura de cada localidade e em idioma próprio, assim como mudanças significativas nos textos e na linguagem utilizados na missa e na administração dos sacramentos. A proposta do movimento e resgatar o modelo do cristianismo primitivo através da pratica da caridade, do amor ao próximo e a Deus, em sua espera messiânica de instauração de uma nova "idade de ouro". A identidade religiosa do movimento se constitui numa especie de 'bricolagem' do cristianismo com o espiritismo, sendo sua excentricidade o motivo para os conflitos com a Igreja Católica e com a imprensa local. O presente estudo analisa a trajetória dos "Borboletas Azuis" caracterizando-o como movimento messiânico-milenarista, tomando como perspectiva teórica os estudos da religião realizados por Weber, Bourdieu, Queiroz, Giddens, Pierucci e Andrade. Nossa metodologia consistiu na realização de entrevistas com remanescentes do movimento e na analise de reportagens de jornais locais e documentos produzidos pela sua liderança. Dentre as contribuições que trazemos, destacamos a discussão sobre o caráter milenarista, mas pacifico do movimento, bem como sobre as estrategias simbólicas de reinterpretação e re-significação da profecia, mobilizadas pelos fieis apos sua não realização. |