Avaliação geotécnica de misturas de solo e composto orgânico para uso como biocoberturas em aterros sanitários.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3337 |
Resumo: | A camada de cobertura de aterros sanitários, no Brasil, geralmente caracteriza-se como uma camada do tipo convencional, constituída de solo compactado, a qual pode funcionar como uma barreira física, química ou biológica. Entretanto, devido às condições meteorológicas, como ciclos de umedecimento e secagem, principalmente em regiões do semiárido, as camadas de solo compactado para coberturas de aterros acabam perdendo sua eficiência, resultando no escape de gás para a atmosfera e comprometimento da qualidade ambiental. A adição de composto orgânico aos solos de cobertura de aterros sanitários pode ser viável economicamente e ambientalmente, inclusive reduzindo a quantidade requerida de solos das jazidas. Outro fator importante é que o material orgânico, como resíduos de podas de diversas fontes pode ser aproveitado como composto orgânico e misturado ao solo, melhorando as características geotécnicas das camadas de cobertura. Diante disso, este trabalho tem como objetivo avaliar as propriedades geotécnicas de solo e das misturas solo-composto orgânico, nas proporções de 1:1 e 3:1, em peso, com vistas ao uso para biocoberturas de aterros sanitários. Para isso foi realizada a coleta e caracterização física do solo da camada de cobertura da célula 2 do Aterro Sanitário em Campina Grande – PB, e das misturas solo-composto orgânico definidas, além de análises físico-químicas e obtenção das curvas de retenção de umidade, com análises dos ajustes dos pontos experimentais das curvas aos modelos propostos na literatura. A coleta de amostras de solo na camada de cobertura foi obtida em determinados pontos por meio do Teorema Central do Limite. Os resultados demonstraram que a adição de composto orgânico ao solo, em todas as proporções modificou as propriedades geotécnicas, com a redução da compactação, aumento dos limites de liquidez, aumento da permeabilidade e da capacidade de retenção de umidade. Além disso, em relação à distribuição granulométrica, a mistura 1:1 apresentou-se como uma mistura bem graduada, em relação às demais amostras, e foi verificado um aumento no percentual de partículas de maiores dimensões, principalmente areia média, com a adição de composto orgânico. O ajuste da curva de Van Genuchten aos pontos experimentais da curva de retenção atendeu às condições de concordância a partir dos parâmetros estatísticos analisados, para as amostras, com melhores resultados para a mistura 1:1. Verificou-se também uma tendência de aumento da condutividade hidráulica não-saturada com a adição do composto orgânico. Em relação às características físico-químicas, observou-se que a adição de composto orgânico contribuiu para aumento do conteúdo de matéria orgânica, teor de macronutrientes, pH e Capacidade de Troca Catiônica nas amostras, principalmente na mistura 1:1. Pode-se concluir que dentre as misturas estudadas, a 1:1 apresentou melhores resultados em relação aos aspectos relacionados ao uso como biocobertura, porém sugere-se a utilização da mistura do tipo 3:1 em uma camada composta com solo, pois para alguns parâmetros geotécnicos mostrou-se adequada, além de apresentar maior viabilidade, já que resíduos de poda nem sempre estão disponíveis nos aterros sanitários em elevadas quantidades. Este estudo ainda pode ser estendido a aterros com características similares ao Aterro Sanitário em Campina Grande – PB, em termos de condições meteorológicas e tipos de resíduos. |