Foucault e o cuidado de si platônico: proposta metodológica para o ensino médio.

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: ROCHA, Robertina Teixeira da.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Humanidades - CH; PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - PROF-FILO; UFCG
• Palavras-chave em Português: Filosofia – estudo e ensino; Cuidado de si; Conhece-te a ti mesmo; Ensino de filosofia – Ensino Médio – Brasil; Foucault, Michel, 1926-1984; Platão, 428/427 a.C.-348/347 a.C; Philosophy – study and teaching; Take care of yourself; Know yourself same; Philosophy Teaching – High School – Brazil; Filosofía – estudio y enseñanza; Cuídate; Conocete a ti mismo mismo; Enseñanza de Filosofía – Enseñanza Media – Brasil; Filosofia da Educação
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29230

Nossa pesquisa Foucault e o cuidado de si platônicoμ proposta metodológica para o ensino médio; propõe uma metodologia para a prática docente na sala de aula do ensino médio. σosso referencial filosófico é a análise que Foucault faz do diálogo Primeiro Alcibíades em seu curso A Hermenêutica do Sujeito nas aulas de θ e 13 de Janeiro de 1982, cujo tema é a história do cuidado de si socrático-platônico. A partir da teoria de cuidado de si foucaultiana traçamos um paralelo entre a maestria de Sócrates e o papel do professor de filosofia, bem como, entre o jovem Alcibíades e os estudantes do Ensino Médio. Em sua história o cuidado de si foi entendido como uma atitude para consigo mesmo; como um modo diligente de olhar para si mesmo e como um conjunto de práticas, de técnicas de si que permitiam ao sujeito modificar-se e se auto constituir. Com base nesse referencial teórico, nossa metodologia elaborou uma proposta metodológica de ensino de filosofia para o nível médio como prática do cuidado de si. Tal prática é também um ato de resistência face ao modo de subjetividade moderna, na medida em que possibilita ao sujeito escolher de modo consciente os valores que irão governar sua vida, ao invés de assujeitar-se nos padrões estabelecidos pelos poderes. Para tanto, aplicamos uma sequência de quatro aulas sobre o tema da igualdade de gênero em uma turma da primeira série do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Francisco Ernesto do Rêgo, situada em Queimadas/PB. τ resultado dessa experiência apontou que um ensino de filosofia como prática de resistência ao modo de subjetividade moderna com base no cuidado de si é possível e que essa proposta contribui para que os estudantes relacionem o conteúdo filosófico a seu cotidiano.