Uso das cargas nanométricas na modificação e preparação de resinas odontológicas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Nadja Maria da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7223
Resumo: Neste estudo, uma argila organofílica foi usada na modificação de uma resina odontológica microhíbrida comercial e na preparação de resinas odontológicas nanohíbridas com sílica visando obter um material restaurador com propriedades morfológicas, mecânicas, biológicas e estéticas semelhantes às dos nanocompósitos odontológicos comerciais. A modificação da resina Z100 foi feita através da mistura mecânica, em amalgamador digital, desta resina com 1,7 pcr de Cloisite 20A (C20A). Na preparação das resinas odontológicas, o monômero empregado foi o bisfenol A glicidil metacrilato (Bis-GMA) que foi misturado com diluente, agente de acoplamento, s e agente fotoiniciador da polimerização. Dois grupos de amostras foram sintetizados com este sistema monômero/diluente/agente fotoiniciador da polimerização/agente de acoplamento (matriz polimérica odontológica). Um grupo foi preparado pela mistura mecânica da matriz polimérica com 10, 20 e 30 pcr de argila organofílica C20A e outro grupo foi preparado pela mistura mecânica da matriz polimérica com duas cargas (C20A e sílica), na proporção de 1:1, com teores da mistura das cargas correspondentes a 10, 20 e 30 pcr. A resina modificada e as resinas sintetizadas foram caracterizadas por difratometria de raios X (DRX), microdureza Vickers (HV), ensaio de flexão três pontos, microtração, microcisalhamento, microscopia ótica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia no infravermelho (IV) e espectroscopia no ultravioleta (UV-vis) e citotoxicidade. Os difratogramas evidenciaram que a incorporação de 1,7 pcr de C20A à resina Z100 não resultou na formação de nanocompósito. No entanto, a incorporação da C20A e a da mistura de C20A e sílica na matriz a base de Bis-GMA sugeriu a formação de nanocompósitos com morfologia predominantemente intercalada. Os valores de HV apresentados pela resina odontológica contendo apenas C20A como carga foram inferiores aos da resina Z100. Os resultados de resistência à flexão foram inferiores para o nanohíbrido modificado (Z100C1,7) quando comparados à resina Z100. Todavia, nas demais propriedades mecânicas avaliadas (microtração, cisalhamento e microcisalhamento), este nanohíbrido Z100C1,7 e os nanohíbridos R5C5Si, R10C10Si, R15C15Si obtiveram resultados semelhantes a Z100 e Supreme. As micrografias em MO e MEV demonstraram que essa incorporação possibilitou uma morfologia semelhante entre os nanohíbridos preparados e os comerciais Z100 e Supreme, assim como a C20A não alterou a cor dos nanohíbridos preparados, como ficou comprovado pelos espectros em UV-vis. Pelo ensaio de MTT ratificou-se que os nanohíbridos preparados apresentaram citotoxicidade consideravelmente inferior aos compósitos Z100 e Supreme. Portanto, fica evidenciado que é possível preparar resinas odontológicas nanoparticuladas a partir de uma resina microhíbrida comercial utilizando um diluente previamente para poder incorporar a nanocarga na matriz orgânica do híbrido, assim como também é possível preparar resinas odontológicas com propriedades mecânicas, morfológicas e biológicas semelhantes às resinas comerciais por um método simples de preparação, com argila organofílica e sílica, incorporadas ao monômero Bis-GMA, com um custo baixo, tornado-as comercialmente mais competitivas.