Lagoas de polimento como pós-tratamento de reatores UASB: remoção de material orgânico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: AGUIAR, Matheus Rodrigues Lima.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21075
Resumo: O regime de bateladas sequenciais em lagoas de polimento apresenta duas vantagens importantes em relação às lagoas de fluxo contínuo: (1) reduz consideravelmente o tempo necessário para o decaimento de organismos patogênicos e (2) possibilita a remoção eficiente dos nutrientes, a exemplo de nitrogênio e fósforo. Entretanto, a aplicabilidade do regime de bateladas sequenciais é limitada pela concentração de material orgânico no afluente da lagoa: se essa concentração é alta, a demanda por oxigênio pode exceder a capacidade de geração na lagoa e o ambiente fica anaeróbio, o que é indesejável, pois a digestão anaeróbia é lenta quando a concentração de material orgânico é baixa. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a remoção do material orgânico residual do efluente pré-tratado anaerobiamente (reator UASB) em lagoas de polimento operadas em regime de bateladas sequenciais (LPBS). Além disso, avaliou-se a influência da concentração inicial do material orgânico e da profundidade sobre o desempenho das lagoas. Adicionalmente, testou-se a possibilidade do uso de inóculo de algas para acelerar o tratamento do afluente. A operação das lagoas de polimento permitiu a remoção eficiente da DBO (em média 70%), mas o tempo para alcançar a DBO mínima aumentou com a profundidade. Durante o tratamento, a DBO passou por um mínimo e depois aumentou, presumivelmente devido à produção de algas. Em todos os casos, quando a DBO do afluente da lagoa aumentou, a concentração mínima do efluente também aumentou. Ao elevar a concentração de material orgânico nas LPBS não se estabeleceu um ambiente anaeróbio nas lagoas e observou-se um aumento da concentração de OD e do pH com o tempo, embora menor para maiores profundidades e altas cargas aplicadas. Quanto a possibilidade do uso de inóculo para acelerar o pós-tratamento em LPBS foi possível acelerar o processo de tratamento com 20% de inóculo na LPBS de 0,2 m, por outro lado, a inoculação não se mostrou vantajosa para a LPBS de 0,4 m.