Sistema de ablação de saxitoxina em água de rio.

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: SÁ, Gabriela Braga de.
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL; UFCG
• Palavras-chave em Português: Tratamento de água; Filtro lento; Caulim; Dióxido de titânio; Cianotoxina; Fotocatálise; Water treatment; Slow filter; Kaolin; Titanium dioxide; Cyanotoxin; Photocatalysis; Engenharia Civil.; Engenharia Ambiental.; Engenharia Civil e Ambiental.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36880

A preocupação com o aumento de cianobactérias nos reservatórios brasileiros ocorre devido ao seu potencial de produção de metabólicos secundários, as cianotoxinas, que podem bioacumular na cadeia alimentar. Uma toxina de grande relevância é a STX, a sua ocorrência na água de abastecimento representa um problema de saúde pública e consequências podem ser observadas até mesmo nos casos em que as concentrações estão de acordo com o valor máximo permitido. Diante disso, o sistema proposto tem como foco tratamento de água bruta através da filtração lenta associada a fotocatálise heterogênea, para que possa ser utilizado como solução alternativa de abastecimento. Na primeira fase da pesquisa foram avaliados por 90 dias dois FLs com meio filtrante composto por areia e caulim. Ao final da operação foi selecionado um modelo para operar durante a segunda etapa. Na segunda etapa, foram confeccionadas esferas utilizando caulim, argila e TiO2, sendo caracterizadas por DRX e UV vis. Em seguida, as esferas foram inseridas dentro do reator fotocatalítico, que foi interligado ao FL. A operação durou 20 dias, e procedeu-se variando a concentração de TiO2 em 15 e 30%. Na primeira etapa, os resultados obtidos no FL1 atenderam ao padrão de potabilidade estabelecido pela Portaria GM/MS Nº 888/21 em 92% (turbidez), 100% (pH), 28% (cor aparente); 100% (nitrogênio amoniacal); 16% (E. coli) e 100% (STX). O FL2, atendeu ao padrão em 94% das amostras (turbidez), 100% (pH), 34% (cor aparente); 100% (nitrogênio amoniacal); 16% (E. coli) e 100% (STX). Na segunda etapa, a caracterização por DRX apontou a presença principal da fase Anatase e por meio da caracterização por UV-vis, foram obtidos os band-gap de 3,14 e 3,09 para as esferas contendo 15 e 30%, respectivamente. Os resultados apontaram uma melhor remoção de STX no reator operado com as esferas contendo 30% do TiO2, com a máxima eficiência de remoção em 95% e a eficiência mediana de 39%. Portanto, o sistema proposto promoveu a redução nos níveis de STX, sugerindo boa aplicabilidade como tratamento alternativo de água, principalmente em comunidades isoladas.