Práticas religiosas no espaço educacional: um olhar sobre a experiência do IFPB – campus João Pessoa.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4652 |
Resumo: | Este trabalho de tese consiste numa discussão acerca da presença de grupos religiosos, no contexto da educação profissional no Brasil, tendo como espaço empírico para a realização de uma microanálise o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, campus João Pessoa, considerando que, desde o período da colonização do Brasil, o catolicismo assumiu a condição de religião dominante no país, vindo, ao longo do tempo, se capilarizando nas mais diversas instituições, inclusive as educacionais, a exemplo do IFPB, que vem se colocando há décadas como um espaço de vivências religiosas. Assim, o objetivo deste estudo é analisar as modificações ocorridas no IFPB, ao longo de cinquenta anos, que implicaram a inversão da posição dominante, ocupada anteriormente pela religião católica, substituída pela presença de diversos grupos religiosos, católicos e evangélicos de diferentes denominações, na comunidade escolar. Atualmente, existem cinco grupos em atividade: o “Jovens Técnicos” – JOTEC, o Metanoia, dois grupos de Célula: um da Igreja Sara Nossa Terra – ISNT, outro da Igreja Luz para os Povos, e um da Aliança Bíblica Universitária – ABU, equivalentes em seus objetivos e características. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, buscando a gênese da presença da religião no espaço institucional. Esse tipo de pesquisa atribui fundamental importância aos depoimentos dos atores sociais envolvidos, bem como aos discursos e significados atribuídos e transmitidos por eles. Assim, foram entrevistados: servidores antigos e atuais; estudantes antigos e atuais; líderes, frequentadores, não frequentadores dos grupos religiosos e representante dos Movimentos Religiosos Estaduais. Foram utilizadas três técnicas para a coleta de dados: observação, entrevista semiestruturada e pesquisa documental. Como referencial teórico, dialogamos com a abordagem interacionista apoiada em autores como Erving Goffman, com o conceito de sociabilidade em George Simmel e Zygmunt Bauman e com a perspectiva da síntese entre ação e estrutura em Pierre Bourdieu. Nesse contexto, os direitos à liberdade religiosa, bem como a concepção dos princípios de laicidade utilizados pelo Estado brasileiro são vivenciados na Instituição de forma equivocada. De um lado, com a presença de rituais e grupos religiosos, contrariando a natureza laica do Estado brasileiro, e, de outro lado, sob o manto da omissão e da permissividade, utilizando-se o Instituto da presença dos grupos religiosos para o exercício do controle das condutas dos jovens estudantes. |