Influência das variáveis meteorológicas sobre a ocorrência do dengue em Campina Grande-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: COSTA, Luciana de Luna.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16989
Resumo: As modificações no processo de urbanização das cidades, variações de temperatura e regime de chuvas contribuem para maior ocorrência do dengue na maioria das cidades. No presente trabalho espera-se contribuir para uma reorientação das práticas de controle da doença no sentido que pretende verificar a distribuição da enfermidade nos bairros de Campina Grande-PB, segundo as faixas etárias, o sexo, a raça/cor, a escolaridade juntamente com as correlações do dengue com a temperatura do ar e a precipitação. A pesquisa foi realizada com os casos autóctones da referida cidade no período de 2001 a 2009. O município foi subdividido em quatro áreas que considerou a proximidade dos bairros, os dados de dengue foram fornecidos através das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação na Secretaria Estadual de Saúde, 3º núcleo regional, e os dados meteorológicos foram fornecidos pela Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas. Os dados sociodemográficos foram analisados descritivamente de forma direta e foram feitas correlações simples dos casos de dengue com as variáveis meteorológicas. Os anos de 2001 a 2003 foram os de maior ocorrência, com sensível diminuição a partir da implantação do Plano Nacional de Controle do Dengue em 2004. O bairro da Conceição foi o que apresentou maior número de casos na área I, o Catolé na área II, Acácio Figueiredo na área III e também o maior número de casos na cidade, e na área IV destacou-se o Pedregal. A faixa etária jovem e adultos jovens foram as mais comprometidas com a doença. As mulheres foram as mais infectadas em todos os anos da pesquisa, a cor parda foi a relatada pela maioria dos pacientes e a escolaridade mais expressiva foi o ensino fundamental incompleto, porém houve grande quantidade de respostas “ignorado”. Os meses de abril e maio foram os que apresentaram maior quantidade de casos coincidindo com o início do período em que normalmente começam a ocorrer as chuvas em Campina Grande-PB, porém, utilizando a correlação de Pearson e de Spearman, nos dados padronizados de temperatura máxima do ar, amplitude térmica, precipitação e dengue, não detectou-se correlação significativa, contudo, do ponto de vista físico e biológico, sabe-se que principalmente a precipitação influencia direta e ou indiretamente os casos de dengue, independentemente da localidade, tendo muita interferência da infraestrutura e educação dos moradores do município.