Gestantes agricultoras e seus processos laborais: uma análise loco regional em região do seminário paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ESTRELA, Maria do Socorro Guedes.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20669
Resumo: A agricultura é uma atividade laboral que exige além de conhecimento da prática cotidiana, o exercício exaustivo da função sendo assim uma das atividades que exige uma atenção especial. Nesse sentido, a mulher agricultora ao executar a atividade ao longo de sua gestação se expõe, em virtude de sua atividade laboral a fatores, físicos, químicos e biológicos. Partindo dessa premissa, o estudo tem a finalidade de identificar os riscos ocupacionais no processo de trabalho de gestantes trabalhadoras do campo. Metodologicamente, a pesquisa trata-se de um estudo de campo, retrospectivo, com caráter exploratório e abordagem qualitativa realizado com 50 mulheres atendidas na Maternidade Dr. Deodato Cartaxo situada no município de Cajazeiras-PB. Os critérios de inclusão estabelecidos, foram: gestantes que se declararam agricultoras e que se dispuseram a participar da pesquisa por livre e espontânea vontade após aceitação formal em Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), para a realização da coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado, onde foram analisados qualitativamente a partir da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. O estudo respeitou a Resolução 466/2012 atendendo as premissas básicas de ética em pesquisa. Os resultados demonstraram que o perfil das gestantes são mulheres com idade entre 15 e 25 anos, em união estável, agricultoras com ensino básico incompleto, têm renda familiar de um salário mínimo, a maioria reside na zona rural, em casa alugada; trabalham de 3 a 5 horas diárias, inclusive durante a gestação; das 12 entrevistadas que foram expostos a alguma substância química, as principais manifestações clínicas foram: náuseas, boca seca, coceira no corpo, tonturas, vômitos e visão turva. No pré-natal, a maioria conta que recebeu instruções dos riscos da atividade agrícola, estavam na 1ª gestação, mas já tiveram mais de 2 partos, como também de 1 a 2 abortos; o parto mais realizado por elas foi o cesariano, o intervalo interpartal variou de 1 a 2 anos. Apesar da gravidez não ser planejadas, as mulheres afirmaram realizar corretamente o pré-natal indo de 4 a 6 consultas e a maioria não apresentou intercorrências durante o pré-natal. Conclui-se que as mulheres agricultoras podem exercer seu papel de mãe, mulher, profissional, mas precisam de orientação para combater e prevenir possíveis problemáticas relacionadas a desinformação, buscando minimizar os riscos inerentes à sua atividade laboral.