Relações de Gênero no Espaço Acadêmico: um estudo a partir das narrativas experienciadas por alunas dos cursos da pós-graduação de Ciências Sociais, Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Campina Grande/PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Elaine Cristina dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33745
Resumo: Tanto a masculinidade, quanto a feminilidade, são construções sociais. Referentes ao sexo biológico são criadas demandas culturais que definimos papéis que relativos ao gênero masculino e a gênero feminino, bem como as relações de poder entre eles. Neste trabalho temos como objetivo estudar as relações de gênero na universidade, a partir da análise de narrativas de alunas dos cursos de pós-graduação em Ciências Sociais e em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Campina Grande. A perspectiva teórica adotada é uma confluência dos estudos das relações de gênero, representações de masculinidade e feminilidade no ensino superior, destacando-se as contribuições de Foucault, Scott, Butler e Bourdieu. A pesquisa teve um caráter qualitativo, com uma metodologia que consistiu da realização de entrevistas semiestruturadas com uma amostra intencional composta por 18 mulheres estudantes dos cursos de pós-graduação supracitados, selecionadas pela disponibilidade para participar da pesquisa. Dentre as principais conclusões a que chegamos, destacamos as seguintes: (1) o espaço acadêmico dos cursos analisados é atravessado por relações assimétricas de gênero e pela dominação masculina; (2) as manifestações de misoginia, machismo e discriminação de mulheres nos cursos focalizados acontece em termos de verticalidade, de professores para alunas; e também em termos de horizontalidade, na interações entre as estudante e os estudantes, em como entre as estudantes, que por vezes reproduzem a cultura e as práticas machistas/sexistas; e (3) as narrativas das entrevistadas, bem como de alunas da UFCG que fizeram denúncias relativas à discriminação de gênero apontam para um ambiente institucional de modo geral complacente com os eventos de assédio moral, de sexismo e de violência contra mulheres.