Influência de barreiras sanitárias na qualidade da água de chuva armazenada em cisternas no semiárido paraibano.
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4045 |
Resumo: | A captação de água de chuva em cisternas é usada há vários séculos em regiões áridas e semiáridas. Águas de chuvas captadas e armazenadas com a devida segurança sanitária são de boa qualidade e podem ser usadas para consumo humano. Barreiras sanitárias podem ser instaladas ao longo do sistema de captação e armazenamento para melhorar a qualidade da água a ser consumida. O desvio das primeiras águas de cada evento de chuva se constitui numa importante barreira sanitária por descartar de forma automática águas que transportam poluentes da atmosfera, da área de captação e dos dutos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar em escala real a qualidade da água armazenada em oito cisternas rurais e em modelos pilotos, em comunidades rurais localizadas nos municípios de São João do Cariri e Campina Grande na Paraíba, sob diferentes condições de manutenção e manejo, assim como da eficiência de barreiras sanitárias físicas. Foram construídos dois modelos pilotos com sistemas de desvios, um seguiu o princípio de fecho hídrico e o outro o princípio dos vasos comunicantes. Os desvios possuíam volume para reter 1 mm da água de chuva captada. Indicadores de qualidade foram avaliados na água da chuva, nas cisternas e nos modelos pilotos. A água da chuva apresentou qualidade física e química excelente e com pequenas concentrações de E.coli. As águas armazenadas nas cisternas apresentaram qualidade bastante inferior à água da chuva. Todas as cisternas que receberam água de carro pipa apresentaram pior qualidade do que as que receberam somente água de chuva. Das cisternas monitoradas com incorporação de desvios das primeiras águas, tiveram melhoria da qualidade, com destaque para a diminuição de alcalinidade, dureza, turbidez, SDT, condutividade elétrica, salinidade e cloretos. O sistema com princípio do fecho hídrico apresentou maior eficiência. No geral, os desvios das primeiras águas de chuva foram eficientes e as cisternas pilotos apresentaram valores médios inferiores aos encontrados nas cisternas controles. Destaca-se os desvios como uma importante barreira sanitária física na remoção de E.coli, com uma redução da concentração média do desvio para a cisterna piloto na ordem de 80% para o modelo piloto com o desvio de principio do fecho hídrico e 50% para o modelo piloto com o desvio com principio dos vasos comunicantes. Sob condições controladas de estudo com os modelos pilotos foi verificada acentuada melhoria na qualidade da água após 45 segundos de escoamento da água na tubulação, tempo esse equivalente a aproximadamente 0,5 mm de chuva após a eliminação, no desvio, do 1,0 mm de água por metro quadrado de telhado. Conclui-se que a água da chuva nas áreas rurais do semiárido brasileiro são de excelente qualidade e a adoção de múltiplas barreiras sanitárias ao longo do sistema são fundamentais para fornecer água segura para o consumo humano. |