Detecção de múons atmosféricos a 556 m.s.n.m. usando um detector Cherenkov de água (Caju).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CAMPÊLO, Josafary Pereira da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22372
Resumo: O detector Cherenkov Caju, localizado na Unidade Acadêmica de Física (UAF) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), faz parte de um conjunto de detectores Cherenkov de água (WCD, do inglês Water Cherenkov Detector) da colaboração LAGO (Latin American Giant Observatory), sendo esta uma rede colaborativa não-centralizada composta por 10 países latino americanos e Espanha, que tem como principal objetivo a pesquisa em três áreas da Astrofísica de Partículas: universo extremo, fenômenos meteorológicos espaciais e radiação atmosférica ao nível do solo. Tais detectores medem a passagem de partículas ultra-relativísticas carregadas na superfície terrestre através da emissão de radiação Cherenkov, partículas estas produzidas a partir de colisões de Raios Cósmicos primários (CR, do inglês Cosmic Rays) com núcleos atmosféricos, formando assim as chamadas cascatas atmosféricas extensas (EAS, do inglês Extensive Air Shower). Funcional desde fevereiro de 2018, o detector Caju têm por principal objetivo o estudo de eventos solares e como esses afetam o fluxo de partículas que chegam à Terra. É composto por um tanque de água com um volume efetivo de aproximadamente 3, 88m3 e uma fotomultiplicadora (PMT, do inglês Photomultiplier Tube) Hamamatsu R5912 acoplada à uma placa digitalizadora, efetuando medidas de sinais quase ininterruptamente, sinais estes provenientes da passagem de elétrons/pósitrons, múons gerados durante a evolução da cascata e também elétrons/pósitrons gerados a partir do decaimento de múons dentro do tanque. Sendo possível, com esses dados, calcular o fluxo de partículas secundárias ao nível do solo (cerca de 556 m de altitude, para Campina Grande-PB). Apresentamos neste trabalho, a estrutura física completa do tanque e suas componentes, o procedimento de purificação da água e de calibração do detector através da identificação da Região Estável de Trabalho e da caracterização por VEM. Caracterizou-se também a curva do tempo de vida média do múon e por fim, apresentamos os resultados iniciais originados do processamento de dados coletados no segundo trimestre de 2019 junto com correções realizadas através da pressão atmosférica local.