"Trabalhando feito homem": o (des)compasso do papel social das mulheres do Estreito, Campina Grande-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: BÉLENS, Jussara Natália Moreira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4443
Resumo: A sociedade tem naturalizado a distribuição de papeis sociais. tanto de mulheres como de homens, baseada no discurso de que a mulher e frágil, dependente, emocional, em contraposição ao homem, forte, determinado e racional Contudo. singularidades de mulheres, no Estreito - Campina Grande, transcendem ao modelo que define a existência de um ser mulher único, dotado de docilidade e passividade, levando-nos a repensar os limites das teorias patriarcalistas, dicotomizadoras, essencialistas que elaboram ideias universais de mulher frágil, passiva, emocional. Estas ideias podem ser observadas nos discursos, entendidos como articulação de poder e de saber, uma pluralidade de elementos distintos que podem entrar em estrategias diferentes Utilizando-se o método qualitativo, com técnicas de historias de vida, relatos orais e participação observante percebeu-se o cotidiano das "viúvas" que são consideradas como mulheres que "trabalham feito homem" Estas mulheres mantem suas famílias, depois da migração, morte ou doença dos maridos a ate mesmo com a presença deles em casa. Como, tradicionalmente, sustentar a casa com o trabalho no rocado e tarefa atribuída ao homem, chefe de família. dessas mulheres diz-se que "trabalham feito homem", como que a reforçar o modelo tradicional.