Efeito do ambiente térmico e uso da termografia de infravermelho em caprinos Saanen e seus mestiços com o Boer no semiárido brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ROBERTO, João Vinícius Barbosa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3588
Resumo: Este estudo foi realizado com objetivo de avaliar o efeito do ambiente, com auxílio da termografia de infravermelho, sobre as respostas termorreguladoras e gradientes térmicos de caprinos puros saanen e mestiços ¼ saanen + ¾ bôer no semiárido paraibano. Os experimentos foram realizados no núcleo de pesquisa para o desenvolvimento do semiárido (NUPEÁRIDO), do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Campus de Patos-PB. Foram utilizadas 18 fêmeas jovens, sendo 9 saanen e 9 mestiças ¼ saanen + ¾ bôer, criadas em sistema intensivo, recebendo água ad libitum e feno de capim Tífton (Cynodon dactylon), com concentrado. No primeiro experimento utilizou-se um delineamento inteiramente casualisado em fatorial 2x12(dois grupos genéticos e doze horários diferentes) e avaliaram-se os parâmetros ambientais e fisiológicos nos diferentes horários: das 6 às 16 horas. Nos parâmetros ambientais observa-se que o ITGU atingiu seu valor máximo (84,16) às 13 horas. O menor valor de ITGU foi observado às 6h. A partir das 10 h as temperaturas ambientes ultrapassaram a ZCT para caprinos. Para a TR houve diferença estatística entre os grupos genéticos nos horários das 7, 10 e 16 horas, e as maiores médias encontradas nos mestiços e nos horários das 13, 14,15 e 17 horas. Para a FR, o grupo das puras saanen e o horário das 14h apresentaram as maiores médias. Na TS não houve efeito dos grupos genéticos e as maiores médias foram encontradas às 14 horas. A variação da temperatura ambiente influencia diretamente as respostas fisiológicas dos animais. O grupo saanen é menos tolerante ao clima semiárido do que os mestiços, porém mantiveram a homeotermia com aumento da FR. A criação de Saanen e seus mestiços requerem cuidados com relação ao manejo e instalações. No segundo experimento foi utilizado um delineamento inteiramente casualisado em fatorial 2x2 (dois grupos genéticos e dois turnos), com 18 repetições. O registro dos dados ambientais e fisiológicos foram realizados às 08:00 e 15:00 horas. A temperatura superficial de cada animal foi obtida através uma câmera termográfica de infravermelho. Posteriormente os termogramas foram analisados pelo software Smartview versão 3.1, através do qual foram obtidas temperaturas médias das regiões em estudo (tronco e pescoço), considerando-se a emissividade de 0,98. Houve efeito de turno (P<0,05) para a temperatura retal, temperatura superficial e para os gradientes térmicos sendo observadas no turno da tarde as maiores médias para temperatura retal e para temperatura superficial e no turno da manhã, para os gradientes. Não foi observado efeito de raça para nenhum dos parâmetros estudados, exceto para a freqüência respiratória. A raça saanen se mostrou menos tolerante às condições climáticas do semiárido do que os mestiços ¼ saanen + ¾ bôer, refletindo a necessidade de mais pesquisas com relação ao manejo e instalações para esses animais. A termografia de infravermelho é uma técnica não invasiva perfeitamente utilizável e eficiente para se fazer o mapeamento térmico dos animais e instalações zootécnicas.