Exportação concluída — 

A recepção da sátira na escola: entre a poesia e a prosa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ANDRADE, Allyne de Oliveira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11806
Resumo: A presente pesquisa tem como ponto central o relato e a reflexão sobre uma experiência de leitura realizada em uma turma do segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública situada em Campina Grande-PB, com os textos satíricos “Quem sou eu?” e “Pacotilha”, de Luiz Gama; O cavalo que defecava dinheiro, de Leandro Gomes de Barros; “A vontade do falecido” e “Conversa de viajantes”, de Stanislaw Ponte Preta. Buscou-se através dessa experiência investigar a recepção de poemas e crônicas satíricas dos autores já citados. Em relação aos aspectos gerais da sátira, tomamos como base as discussões de alguns teóricos, como Bakhtin (1981), Frye (1973), Prop (1993), D’onofrio (1968) e Alves Marques (2014). Os estudos desses autores também corroboraram as leituras interpretativas que fizemos dos poemas e crônicas satíricas utilizadas em nossa experiência na sala de aula. A contribuição dos estudos da Estética da Recepção a partir das discussões de Jauss (1994), Iser (1996) e Aguiar e Bordini (1988) foram fundamentais para o desenvolvimento do nosso trabalho, sobretudo no que diz respeito à formação do aluno enquanto leitor. Para poder relatar a experiência em sala de aula, nos pautamos nas questões acerca do ensino de leitura literária arroladas por alguns documentos oficiais, como as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2006), os Referenciais Curriculares para o Ensino Médio da Paraíba (2006) e Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (2018). Além desses documentos, nos embasamos nos debates de alguns estudiosos, tais como Cosson (2016), Colomer (2007) e Pinheiro (2009). Os dados que obtivemos durante o nosso período em sala de aula favoreceram algumas discussões sobre o ensino de literatura e formação de leitores, tendo em vista que foi possível observar que a metodologia utilizada em nossas aulas fez com que os alunos conseguissem estabelecer uma relação com os textos lidos. Desse modo, os estudantes passaram a atribuir sentido aos textos, a interagir com eles e com os demais colegas, através de um trabalho de leitura compartilhada que leva em consideração as vivências dos sujeitos. A recepção dos textos também confirmou a ideia de que um trabalho de leitura com textos satíricos de autores que não sejam tão contemplados nos livros didáticos, pode se tornar uma alternativa para despertar o interesse dos jovens leitores, promover a criticidade e também aguçar no aluno o gosto pela leitura literária.