Sustentabilidade apícola no semiárido brasileiro: desempenho favorável de sistemas apícolas migratórios em detrimento de fixistas.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9652 |
Resumo: | O direcionamento de sistemas agropecuários em bases sustentáveis tem sido requisitado na atualidade, particularmente, quando ameaças internas e/ou externas têm contribuído para o acionamento de rotas insustentáveis. Tal situação pode ser agudizada em razão da variabilidade climática, realidade do Semiárido brasileiro. Nesse ambiente, destaca-se o segmento apícola, desenvolvido através da apicultura fixista e da apicultura migratória, cujas compreensões acerca das dimensões ambiental, social e econômica precisam ser consubstanciadas e comparadas cientificamente. Sendo assim, este estudo teve como objetivo avaliar comparativamente o nível de sustentabilidade de sistemas apícolas fixistas e migratórios, em ambiente Semiárido do Brasil, mediante aplicação do Marco para la Evaluación de Sistemas de Manejo de Recursos Naturales incorporando Indicadores de Sustentabilidad (MESMIS). Esta pesquisa, classificada como qualitativa e quantitativa, foi conduzida pela ferramenta MESMIS no período de 2017 e 2018. Essa aplicação foi possibilitada pela harmonização do aporte teórico, de entrevistas semiestruturadas, de análises laboratoriais, de registros fotográficos e do olhar observador dos pesquisadores. Sendo assim, foram selecionados e caracterizados 19 sistemas apícolas (sendo 15 fixos e 4 migratórios), cuja base de dados primários e secundários permitiram o apontamento de nove pontos críticos (assistência pública, associativismo, autonomia, capacitação, manejo, qualidade da paisagem, qualidade de vida, produtividade apícola e variabilidade climática), bem como a proposição de 25 indicadores. Esses indicadores foram mensurados obedecendo uma escala de notas (0 e 3) e ponderados com base no Método de Análise Hierárquica (AHP), gerando subíndices e índices mediante normalizações. A sistematização dos resultados considerou os atributos de sustentabilidade, os critérios de diagnóstico e as dimensões da sustentabilidade. Com base no suporte teórico-metodológico adotado, conclui-se que o sistema apícola migratório apresentou desempenho de sustentabilidade (estado ótimo) mais favorável do que o fixista (situação estável) com diferença significativa (p < 0,01), resultado de autonomia elevada, de pastos apícolas permanentes e sem uso de agrotóxico, de baixa perda de colmeias, de produtividade considerável de mel e de segurança financeira. Tais aspectos foram evidenciados de forma fragilizada pelos sistemas apícolas fixistas. Sugere-se, portanto, que as limitações apontadas sejam corrigidas, conjuntamente, pelo poder público, iniciativas privadas, instituições de ensino, organizações comunitárias e famílias apicultoras, viabilizando a redução de riscos insustentáveis futuros e a consolidação da apicultura como uma atividade sustentável para o Semiárido brasileiro. |