Reintrodução de espécies nativas em área de caatinga e sua relação com atributos do solo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: PEREIRA, Osilene da Nóbrega.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/15622
Resumo: No semiárido do Nordeste do Brasil, a pressão antrópica sobre a cobertura vegetal é forte e consiste na remoção parcial ou total da vegetação lenhosa para obtenção de produtos florestais e abertura de novas áreas para atividades agrícolas e pecuárias. Combinada com os rigores climáticos da região resulta em degradação ambiental. A recuperação de áreas degradadas baseia-se no potencial de adaptação das espécies arbóreas nativas, no grau de degradação ambiental e no conhecimento das características químicas, físicas e morfológicas do solo. O crescimento inicial de três espécies arbóreas reintroduzidas em área desflorestada e superpastejada de Caatinga foi avaliado em função dos atributos químicos, físicos e morfológicos do solo. As mudas foram produzidas em sacos plásticos com 4 L de substrato composto de solo, esterco caprino e fertilizantes químicos, e foram transplantadas para o campo no espaçamento de 2 m x 2 m, em covas de 40 cm x 40 cm e de profundidade variável de acordo com as condições do solo de cada local. Os dados foram coletados nas 4 covas centrais das parcelas de 12 m x 12 m de um experimento em blocos, conduzido em área desflorestada e superpastejada, com cinco tratamentos (testemunha, introdução de Poincianella pyramidalis, Mimosa tenuiflora e Cnidoscolus quercifolius em plantio puro ou consorciado das três espécies) e três repetições de 36 mudas. No momento da abertura das quatro covas centrais de cada parcela, foi medida a espessura dos horizontes A, B e C do solo, bem como foram coletadas duas amostras de solo (0-20 cm e >20 cm de profundidade) para análises físicas e químicas. Modelos de regressão linear múltipla relacionando o crescimento em comprimento e diâmetro basal das mudas das três espécies arbóreas entre fevereiro de 2009 (5,5 meses de idade) e outubro de 2010 (25,5 meses de idade), com os atributos químicos, físicos e morfológicos do solo foram estimados. O crescimento das espécies catingueira, jurema preta e favela foi significativo, principalmente no primeiro ano de desenvolvimento no campo. No geral, as variáveis P, H+Al, condutividade elétrica, teor de argila, área e profundidade da cova foram as que mais frequentemente afetaram significativamente o crescimento inicial das mudas e participaram dos modelos de regressão. Em recuperação de áreas degradadas, o plantio das mudas deve ser feito em covas que contenham uma maior quantidade de material do horizonte C do solo, para aproveitar a sua fertilidade natural.