Reprovação e evasão nos cursos de engenharias, e de exatas do campus de Campina Grande da UFCG.
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26147 |
Resumo: | O fracasso acadêmico está presente em todas as Instituições de Ensino Superior, evidenciando-se por meio de altas taxas de evasão e de reprovação. Os dados abertos do rendimento estudantil da Pró-Reitoria de Ensino da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG sinalizam para essa problemática, notadamente em alunos da grande área de Ciências Exatas e das Engenharias. Nesse contexto, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar o fracasso acadêmico dos cursos de Engenharia e de Ciências Exatas da UFCG, campus Campina Grande, considerando os dados de evasão e de reprovação, desde a sua criação, em 2002, até o ano de 2019. Essa análise foi realizada considerando-se também as Taxas Média de Reprovação Anual (TMRA) e as Taxas Média de Evasão Anual (TMEA), antes e após a implementação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni, e antes e após a implementação da Lei 12.711/2013 (Lei das cotas) e do programa SiSU/2013, do campus Campina Grande da UFCG. A análise dos dados foi realizada por meio de estatísticas descritivas e testes não paramétricos (Mann-Whitney) para analisar as significâncias estatísticas e validar as hipóteses como diferenças entre as taxas ao longo dos históricos dos cursos. Primeiramente, analisaram-se os dados como grupos de cursos; em seguida, o comportamento dessas taxas por cada curso isoladamente, por recortes de tempo, como o Reuni e a Lei das cotas/SiSU; e, por fim, quais disciplinas dos cursos de Ciências Exatas e de Engenharias reprovaram mais e seus respectivos períodos. Os resultados apontam elevação na TMR ou TME em torno de 50% dos cursos analisados (Matemática, Meteorologia, Ciências da Computação, Física, Eng. de Petróleo, Eng. Agrícola, Eng. Mecânica). Um decréscimo em alguma dessas taxas em torno de 25% (Engenharias: Elétrica, Civil, Mecânica, Agrícola e de Alimentos) e nenhuma alteração ao longo dos recortes de tempo em torno de 25% dos cursos (Engenharias: Química, de Produção, de Minas e Estatística), embora esse último apresente as maiores taxas do grupo. Quanto às disciplinas, as que mais reprovam são as que pertencem aos períodos iniciais (até o 4o período). Percebe-se um impacto diferenciado das políticas afirmativas e de reestruturação no Ensino Superior (Reuni, Lei de Cotas e o SiSU) nos cursos de Engenharia e de Ciências Exatas. Não é possível considerar que o fracasso acadêmico seja homogêneo nesses cursos, pois aqueles com maior legitimação social terminam por sofrer menos os impactos dessas políticas em relação à reprovação e à evasão. Conclui-se pela necessidade de fomentar atividades pedagógicas e de apoio estudantil para os estudantes de Engenharias e de Ciências Exatas, sobretudo daqueles cursos com altas taxas de evasão e de reprovação, atentando para a importância de se repensar as práticas curriculares para atender às novas especificidades dos alunos do Ensino Superior e a formação continuada do professor universitário. |