Desenvolvimento de scaffolds de quitosana para aplicação na engenharia de tecidos.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2215 |
Resumo: | O design e produção de scaffolds ainda não são suficientes para reproduzir completamente as propriedades dos tecidos naturais. Um dos principais desafios é reproduzir o grau de complexidade estrutural para mimetizar a matriz extracelular (ECM) presente nos tecidos naturais. A quitosana tem sido o foco de pesquisas nos últimos anos, principalmente por ser biodegradável, biocompatível e poder ser produzida em várias formas e tamanhos. Os scaffolds de quitosana são amplamente aplicados na engenharia de tecidos e podem ser produzidos por várias técnicas. O objetivo deste trabalho foi desenvolver scaffolds de quitosana reticulados ionicamente para aplicação na engenharia de tecidos. Os scaffolds foram caracterizados por Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS), Porosidade (P) por densidade relativa, Termogravimetria (TG), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e Citotoxicidade. Para os scaffolds liofilizados, o agente reticulado utilizado, o ácido sulfúrico, não causou efeitos citotóxicos considerados relevantes para as células. Contudo, os resultados em termos de microestrutura não foram satisfatórios, pois o seguido processo de obtenção dos scaffolds (solução, congelamento, liofilização, neutralização, lavagem, reticulação, congelamento e liofilização) comprometeu a estrutura interna. Assim, uma nova metodologia de obtenção dos scaffolds foi proposta, buscando-se a preservação da estrutura tridimensional e tentando diminuir as etapas de produção. Para esta nova metodologia, os scaffolds foram caracterizados por Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS), Porosidade (P) por densidade relativa, Termogravimetria (TG), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Resistência à Compressão e Citotoxicidade. Através de resultados de FTIR, observou interações iônicas entre os grupos fosfato e os grupos amino protonados das cadeias de quitosana. Os resultados de MEV mostraram uma estrutura tridimensional, com maior porosidade e interconectividade entre os poros, com os scaffolds apresentando uma porosidade na faixa de 89%. Os resultados de TG/DTG e de DSC mostraram um comportamento térmico estável dos scaffolds. Os scaffolds apresentaram comportamento mecânico de materiais porosos. O grau de intumescimento revelou que os suportes possuem um maior hidrofilicidade, mesmo com a presença da reticulação. Os resultados de citotoxicidade revelaram que os scaffolds não mostram efeitos citotóxicos e os valores de viabilidade celular ficaram na faixa de 70 a 90%. Dessa forma, ficou constatado que a técnica de agregação de partículas se mostrou eficiente para a obtenção de scaffolds, com estrutura, porosidade e citotoxicidade adequadas para aplicação na Engenharia de Tecidos. |