A bipartição escrotal e sua influência nos parâmetros reprodutivos de ovinos criados no Sertão Paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ROCHA, Ediane Freitas.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25607
Resumo: Foi conduzido estudo de levantamento a campo e em matadouro buscando quantificar a presença da bipartição escrotal em ovinos criados no Sertão Paraibano e, em um segundo estudo, avaliou-se as influencias da morfologia escrotal sobre a termorregulação e a qualidade do sêmen. Foram examinados os escrotos de 331 ovinos, de propriedades rurais na microrregião de Patos-PB, e de 456 ovinos abatidos no Matadouro Municipal de Patos-PB. Foi observado que 66,67% das propriedades visitadas apresentaram animais com a referida característica, com uma prevalência de 11,48% nas propriedades e de 14,47% no matadouro. O grau de bipartição mostrou-se em 9,59±1,035% do comprimento total do escroto para os animais a campo e de 12,89±0,749% para os do matadouro, caracterizando bipartição inferior a 50% do comprimento escrotal. As variáveis criação intensiva (OR = 16,6) e a raça Dorper (OR = 6,91) foram identificadas como fatores de risco associados à presença de bipartição escrotal. No segundo experimento, foram utilizados 14 ovinos sem raça definida, divididos em dois grupos, GI composto de 7 animais com bipartição e o GII de 7 animais sem bipartição escrotal. Realizou-se a captura de imagens do corpo do animal e da face caudal do escroto utilizando câmera termográfica Fluke (Ti25®). As imagens foram analisadas em computador por meio de software (SmartView™ – software), traçando-se linhas nos terços proximal, média e distal do testículo e cauda do epidídimo, apresentando a temperatura máxima, média e mínima de cada área delimitada. Para análise de sêmen, foram efetuadas duas colheitas, por meio de eletroejaculação, com aparelho automático (Boijektor-2001). Foram analisados os parâmetros macroscópicos (volume) e microscópicos (turbilhonamento, motilidade progressiva e vigor). As temperaturas superficiais das regiões proximal, média e distal do testículo e cauda do epidídimo não mostraram diferença estatística significativa (p>0,05) entre os grupos. Os parâmetros seminais estudados, em ambos os grupos, encontraram-se dentro dos valores desejáveis para a espécie, não indicando diferença significativa (p > 0,05) entre os grupos. Observou-se maiores valores biométricos escrototesticulares e peso corporal em ovinos com bipartição escrotal (p < 0,05). Conclui-se que a bipartição escrotal é uma característica presente em ovinos criados no Município de Patos no semiárido paraibano, observando alta prevalência de propriedades com ovinos bipartidos, porém, um baixo número de animais com bipartição escrotal foi identificado e que não houve influência da bipartição escrotal na temperatura superficial do escroto e na qualidade seminal de carneiros, contudo outras pesquisas devem ser realizadas com o intuito de melhor avaliar as influencias desta característica sobre os parâmetros reprodutivos destes animais.