Cultivo de pimentão hidropônico utilizando água com diferentes qualidades: salobra, residuária e de chuva.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FURTADO, Guilherme de Freitas.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11183
Resumo: A escassez hídrica quantitativa e qualitativa, aliada aos altos níveis salinos dos reservatórios das regiões semiáridas inviabilizam em muitos casos uma agricultura sustentável. Além disso, o aproveitamento do potencial hídrico e nutricional do efluente doméstico é uma alternativa viável para essas regiões. Nesse sentido, uso de estratégias de manejo que possibilitem viabilizar o uso combinado de água salobra, água de chuva e efluente doméstico no preparo de solução nutritiva pode ser uma estratégia eficaz no cultivo hidropônico. Nessa perspectiva, objetivou-se estudar a viabilidade do cultivo de pimentão cv. All Big em um módulo hidropônico, aproveitando a água salobra disponível, efluente doméstico e as águas captadas da chuva. Realizaram-se dois experimentos, desenvolvidos em ambiente protegido pertencente ao CTRN/UFCG em módulo hidropônico. O primeiro experimento consistiu da mistura entre água salina (AS) e efluente doméstico (ED), resultando em seis proporções: P1 = 50% AS + 50% ED; P2 = 40% AS + 60% ED; P3 = 30%AS + 70%ED; P4 = 20%AS + 80%ED; P5 = 10%AS + 90%ED; P6 = 100%ED) e de duas concentrações nutricionais da solução nutritiva (S1 = 80% e S2 = 100%) do quantitativo recomendado para hidroponia, resultando em 12 tratamentos e 60 unidades experimentais, conduzidos sob delineamento experimental inteiramente casualisado, em esquema fatorial 6 x 2, com 5 repetições e 3 plantas úteis por repetição. No segundo experimento, os tratamentos consistiram da mistura entre água salina (AS) e água de chuva (AC), resultando em 4 proporções: P1 = 10% AS + 90% AC; P2 = 20% AS + 80% AC; P3 = 30%AS + 70%AC; P4 = 40%AS + 60%AC) e três concentrações de peróxido de hidrogênio (H2O2) [C1 = 0,0 (Controle); C2 = 7,5 μM; C3 = 15 μM], resultando em 12 tratamentos e 60 unidades experimentais, sob delineamento experimental inteiramente casualisado, em esquema fatorial 4 x 3, com 5 repetições e 3 plantas úteis por repetição. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste ‘F’, em nível de 0,05 e 0,01 de probabilidade e no caso de significância, da interação entre os fatores ou dos fatores principais isoladamente, realizou-se teste de Tukey. Em termos gerais, constatou-se que a aplicação da solução nutritiva na proporção de 30% de água salobra (AS) + 70% de efluente doméstico (ED) e 80% da concentração nutricional promove maior produção de massa de frutos por planta de pimentão. As proporções entre água salobra e efluente doméstico não promovem danos fotoinibitórios aos centros de reação do FSII. A aplicação de H2O2 promove aclimatação de plantas de pimentão à salinidade da solução nutritiva, contudo em salinidade superior a 3,32 dS m-1 a aplicação de 15 μM intensificou os efeitos deletérios da salinidade da solução. A maior produção de frutos foi obtida com a solução nutritiva na proporção de 30% água salobra + 70% água de chuva, com a aplicação de H2O2 na concentração de 7,5 μM.