Utilização dos índices do estado trófico (IET) e de qualidade da água (IQA) na caracterização limnológica e sanitária das lagoas de Bonfim, Extremóz e Jiqui-RN.
Ano de defesa: | 1999 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3437 |
Resumo: | Foram avaliadas as condições sanitárias de três mananciais de superfície (Bonfim, Extremóz e Jiqui) situados no litoral Oriental do Rio Grande do Norte. Os resultados apresentados correspondem ao período de dezembro/1996 a dezembro/1997. As coletas, com frequência mensal, foram realizadas em três pontos de cada lagoa. Foram analisados os parâmetros que determinam o índice de Qualidade da Água -IQA- (oxigénio dissolvido, coliformes fecais, pH, D B O 5 , nitrogénio total, fósforo total, turbidez, sólidos totais e temperatura), além de alcalinidade, cor, transparência de Secchi, condutividade elétríca, sólidos totais voláteis e fixos, DQO, ortofosfato solúvel, clorofila "a", formas de nitrogénio, cálcio, magnésio, sódio, potássio, cloretos, acidez, dureza, coliformes totais e bactérias heterotróficas mesófilas. O IQA (aditivo e multiplicativo) classificou a água de Bonfim como ótima e as de Extremóz e Jiqui entre ótima e boa. O método multiplicativo mostrou-se mais restritivo e em consequência, mais sensível para refletir valores de qualidade mais baixa em relação aos diferentes parâmetros. No caso em estudo, as variáveis que influenciaram negativamente para o cálculo do IQA foram coliformes fecais, D B O 5 , nitrogénio total, turbidez e sólidos totais. Segundo estes índices, os três mananciais apresentaram águas apropriadas para o tratamento convencional, sendo que Bonfim possui águas apropriadas para consumo humano apenas com tratamento simplificado (simples desinfecção), enquanto Extremóz e Jiqui necessitam de processos convencionais de tratamento. Segundo a resolução n.° 20/86-CONAMA, a lagoa de Bonfim (2-80 NMP coliformes iecais /100 mL) se enquadraria na classe 1 (< 200 coliformes teçais/1UU mL), sendo que todas as amostras apresentaram índices inferiores a 80 coliformes fecais/100 mL. As lagoas de Extremóz (4-900 NMP coliformes fecais/100 mL) e de Jiqui (2-2.200 NMP coliformes fecais/100 mL) estariam enquadradas nas classes 2 (< 1.000 coliformes fecais/100 mL) e 3 (< 4.000 coliformes fecais/100 mL ), respectivamente. Foram também aplicados o índice do Estado Trófíco de Carlson (IET) e sua versão modificada ( I E T M ) a fim de avaliar as condições limnológicas das três lagoas. O I E TM classificou Bonfim como oligomesotrófíca, Extremóz como mesotrófica e Jiqui como mesoeutrófica. Segundo o IET, Bonfim pode ser considerada como mesotrófica, Extremóz entre eutrofica e hipereutrófica e Jiqui como mesoeutrófica com tendência para a hipertrofia. Nas três lagoas os valores dos índices apresentaram variações temporais e espaciais, segundo o parâmetro considerado. A clorofila "a" , influenciou nos valores de índices mais baixos em Bonfim e Jiqui; fósforo total gerou os índices mais altos nas três lagoas. Os dois índices apresentaram variações em relação ao estado trófíco de um mesmo corpo aquático; I E T pode ser considerado como mais restritivo e conservador, resultando em números mais elevados, enquanto I E T M absorve valores mais altos dos parâmetros, em particular do fósforo total; a versão modificada do índice mostra-se mais adequada para a determinação do estado trófíco de lagos de clima tropical. |