A didatização da escrita por graduandos do curso de Letras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: XAVIER, Manassés Morais.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3494
Resumo: O presente trabalho focaliza a escrita, enquanto objeto de ensino, no contexto da formação inicial do professor de língua materna. Para a coleta de dados, utilizamo-nos das atividades propostas na Prática de Ensino I, componente curricular que integra a grade de disciplinas obrigatórias do curso de Licenciatura Plena em Letras da Universidade Federal de Campina Grande – campus de Campina Grande. Embasado no Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), representado por autores como Bronckart (2008, 2006, 1999) e outros e nas contribuições da Linguística Aplicada, cujos nomes referenciais da área destacamos Moita Lopes (1998), a pesquisa é de natureza qualitativa e objetiva descrever e analisar: 1. a concepção de escrita de dois formadores e dois alunos professores (AP), nos espaços da didatização do planejamento e da execução; e, 2. o impacto da ação discursiva no percurso compreendido entre a aula orientada e a aula executada. A análise constatou que, do ponto de vista dos formadores, há, de modo geral, uma relação de proximidade entre a concepção defendida nas situações de planejamento e de execução. Isso ocorre porque os sujeitos detêm filiações teóricas e histórias acadêmicas semelhantes que acabam por interferir na repercussão da mobilização de saberes na atuação docente de ambos. No que se refere aos AP, constatou-se um “descompasso” entre as duas situações, podendo-se atribuir ao fato de estarem sendo avaliados para uma futura aprovação na disciplina. Tal descompasso enfatiza um agir comunicativo ligado à reprodução de conceitos academicamente situados. Essa constatação deriva do fato de AP2 possuir experiências de outras instâncias letradas que não a acadêmica, recuperadas em sala de aula, diferentemente de AP1. Os dados sugerem a necessidade de proporcionar a ampliação de experiências com práticas de ensino além do sistema convencional que ora descrevemos nesse trabalho, pois defendemos a concepção, de que, quanto mais variado for o espaço da didatização para o formando, através do contato com outras instâncias letradas, mais ele estará apto a desenvolver estratégias de ensino de língua produtivas e centradas no aspecto processual, situacional e dialógico como base de orientação para a consolidação da formação inicial.