Estudo das matérias-primas e tijolos cerâmicos furados produzidos no Estado da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: MACEDO, Reginaldo Severo de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3387
Resumo: Este trabalho contribui para o estudo das matérias-primas e dos produtos de cerâmica vermelha para uso na construção civil, em especial, tijolos cerâmicos furados produzidos no Estado da Paraíba. Fez-se um estudo de caracterização das matérias-primas, que são utilizadas em pequenas indústrias (olarias) e dos produtos acabados - tijolos - que são normalmente fornecidos ao mercado consumidor, frente às normas da ABNT. As argilas quaternárias recentes têm sido, ao longo dos anos, amplamente utilizadas na fabricação de produtos de cerâmica vermelha, especialmente tijolos e telhas. Estes produtos cerâmicos têm papel preponderante na indústria da construção civil, e são os de maior produção no Estado da Paraíba. A maioria das olarias não faz nenhum controle de qualidade na sua produção, bem como são poucos os estudos sistemáticos com este tipo de matéria-prima, dificultando sua melhoria, e consequentemente a implantação de novas indústrias dentro de padrões adequados. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi escolhido um corpo de prova de perfil retangular de 6,0 x 2,0 x 0,5 cm3 , moldado sob pressão de 200 kgf/cm2 em massa semi-seca. Com esse modelo foi possível medir as propriedades físico-mecânicas ou propriedades cerâmicas após secagem na temperatura de 110°C e, após queima, nas temperaturas de 900°C, 1000°C e 1100°C. As propriedades cerâmicas, no estado cru e após queima, foram comparadas com os valores-limites preconizados por Souza Santos bem como, por Barzaghi e Salge. Os resultados obtidos para as argilas indicaram que, de acordo com as especificações de Souza Santos, apenas 16% das amostras estudadas aplicam-se à cerâmica vermelha, e segundo as especificações de Barzaghi e Salge, 72% das amostras de argilas estudadas, podem ser utilizadas para fabricação de tijolos maciços, 44% para tijolos furados e enquanto que 32% das mesmas podem ser utilizadas na fabricação de telhas, considerando a temperatura de 900°C, que é a que mais se aproxima da temperatura de queima dos produtos de cerâmica vermelha para uso na construção civil. Quanto aos tijolos, conclui-se que das 25 amostras estudadas nenhuma atende às especificações da ABNT. Os resultados obtidos revelaram não existir controle efetivo do processo de fabricação. A variação dos valores de resistência à compressão e de absorção de água em cada amostra, indicam a deficiência na fabricação, notadamente, na homogeneização da matéria-prima, já que não há um controle da granulometria, disposição dos blocos crus no forno e temperatura de queima. A grande maioria dos blocos ensaiados apresentou característica de tijolos mal queimados. O não atendimento às especificações técnicas, dificulta a racionalização do processo construtivo, bem como sua execução do que resulta em prejuízos significativos para o mercado consumidor.