Biossólidos em algodoeiro herbáceo: modificações no crescimento, no desenvolvimento e no ambiente edáfico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: PEDROZA, Juarez Paz.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2795
Resumo: Através de dois experimentos conduzidos em condições de casa de vegetação do Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (EMBRAPA/CNPA), estudou-se os efeitos de doses crescentes, que foram 0, 60, 100, 200, 250 e 300kgN.ha~', no primeiro experimento e 0,150,250, 350, 450 e 550kgN.ha"', no segundo experimento, de lodo de esgoto (calado à 50%ST - biossólido), sobre o crescimento (altura de planta e diâmetro caulinar), sobre o desenvolvimento (surgimento do primeiro botão, da primeira flor e abertura do primeiro capulho), sobre a produção (produção do algodão em caroço, peso de 01 capulho, número de capulhos, porcentagem de fibra, peso de pluma, peso de 100 sementes, fitomassa da parte aérea, fitomassa da raiz e relação fitomassa da parte aérea/fitomassa da raiz) de um algodoeiro, sobre as características físicas da pluma (finura, resistência, comprimento, uniformidade de comprimento, índice de fibra curta, elongação, fiabilidade, reflectância e grau de amarelo) e por fim, sobre o meio edáfíco: características químicas (teores de N, P, K, Ca, Mg, matéria orgânica e pH) e físicas (densidade real, densidade global, porosidade total, capacidade de campo, ponto de murcha permanente e capacidade de armazenamento de água) de um solo típico da região (Neossolo Regolítico). Além disso, foram realizadas análises parasitológicas visando detectação de ovos viáveis de helmintos na água percolada de cada unidade experimental. O algodoeiro herbáceo, variedade BRS 187 8H, foi escolhido como planta teste. O delineamento experimental utilizado, para ambos os experimentos, foi em blocos ao acaso com 6 tratamentos e 5 repetições, totalizando 30 unidade experimentais em cada experimento. Cada unidade experimental constitui-se de vaso plástico de 90 dm3 . A calagem eliminou os organismos patogênicos do lodo e, de acordo com os resultados estimados obtidos por modelos de regressão linear e não linear, concluiu-se que a planta do algodão, representada pela cultivar BRS 187 8H, respondeu de forma favorável à aplicação de biossólido, desde que esse resíduo seja incorporado ao solo em doses adequadas, uma vez que, a partir da dose equivalente a 450kgN.ha"', houve decréscimos de todas as variáveis estudadas. A análise conjunta das variáveis avaliadas permite afirmar que os melhores resultados, em termos de crescimento, produção e qualidade tecnológica de fibra, foram obtidos com a dose de biossólido equivalente a 300kgN.ha"'. As doses de biossólido aumentaram linearmente os teores de N, P, K, Ca, Mg, de matéria orgânica e o índice pH, bem como a porosidade total, a capacidade de campo e o ponto de murcha permanente do solo. Não foi verificada a presença de ovos de helmintos na água percolada de cada unidade experimental.