Efeitos alelopáticos do pau pedra (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke) sobre a germinação e o desenvolvimento da alface (Lactuca sativa L.).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: PINTO, Érika do Nascimento Fernandes.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14467
Resumo: Estudos dos efeitos alelopáticos de espécies vegetais são de grande importância para o conhecimento de espécies da Caatinga. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos alelopáticos do pau pedra (Luetzelburguia auriculata), através da utilização de extratos aquosos de raízes e folhas e do solo de um povoamento dessa espécie, sobre a germinação e o crescimento da alface. Foram realizados três experimentos em DIC: os dois primeiros instalados em câmara de germinação TE 402, por sete dias, fotoperíodo de 12 horas-luz e temperatura constante de 20ºC, utilizando-se sementes de alface em papel germitest, no primeiro com extrato aquoso das folhas de L. auriculata e, no segundo, com extrato aquoso das raízes de L. auriculata. Em ambos, analisouse índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G) e comprimento de radícula e hipocótilo de plântulas de alface. Os resultados obtidos, submetidos à análise da variância e ao modelo de regressão quadrática, expressaram que as sementes germinadas em extrato de raízes e em extrato foliar, quando comparados à testemunha, foram afetadas negativamente pelos referidos extratos. No terceiro experimento, em vasos, conduzido em Viveiro, semearam-se sementes de alface em solo coletado a 0-20 cm de profundidade de um povoamento de L. auriculata, com e sem esterco bovino, e em solo de uma área externa ao povoamento (0-20 cm), buscando verificar o desenvolvimento das plantas de alface. Aos 63 dias da semeadura, realizou-se a colheita e mensurou-se o comprimento da parte aérea, da raiz, peso da massa fresca da parte aérea, área foliar e número de folhas de cada planta e a análise química dos substratos (solos e solo+esterco). Aplicou-se a ANOVA, o teste de Tukey a 5% de probabilidade e observouse haver diferenças significativas entre plantas desenvolvidas no solo da área externa ao povoamento (SAE) e plantas desenvolvidas no solo do povoamento da L. auriculata (SPL), com e sem o esterco bovino, fato justificado pela alta quantidade de nutrientes em SPL. Nos tratamentos com as proporções de 50 e 75% de esterco bovino, não houve desenvolvimento das plantas de alface, em função da toxicidade gerada pela alta quantidade de nutrientes presentes nesses substratos. Os resultados obtidos nos dois primeiros experimentos sugerem que extratos das folhas e das raízes de L. auriculata possuem efeito alelopático negativo sobre a germinação de sementes da alface e, no terceiro experimento, os dados sugerem que o solo do povoamento da L. auriculata não possui efeitos alelopáticos, influenciando positivamente no desenvolvimento das plantas da alface pelo alto teor de nutrientes.