A integração dos “Brasis”: José Américo de Almeida e o Ministério da Viação e Obras Públicas durante o governo provisório (1930-1934).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BARBOSA, Jivago Correia.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28183
Resumo: A presente tese – “A integração dos ‘Brasis’: José Américo de Almeida e o Ministério da Viação e Obras Públicas durante o Governo Provisório (1930-1934)” – teve como objetivo investigar como José Américo refletiu sobre a sua atuação durante o período em que esteve à frente do Ministério da Viação e Obras Públicas (1930-1934) e, ao mesmo tempo, perceber, a partir desta reflexão, a relação do seu desempenho como ministro e o projeto nacionaldesenvolvimentista proposto por Getúlio Vargas e seus ministros, após a Revolução de 1930, com a instauração do Governo Provisório. As informações sobre este tema são relativamente escassas e este trabalho se insere na perspectiva de contribuir para que o tema seja revisitado. A construção de um grande projeto de desenvolvimento nacional-autônomo precisava ser consolidada e caberia à figura de José Américo de Almeida a condução de boa parte das obras de infraestrutura ao assumir a referida pasta durante este recorte temporal. Para a obtenção de informações mais concisas sobre o assunto, realizamos a leitura e o fichamento dos dois relatórios que o próprio José Américo escreveu sobre o seu período de atuação, fonte de grande relevância para a compreensão daquele momento histórico: “O Ministério da Viação no Governo Provisório” (1933) e “O Ciclo Revolucionário do Ministério da Viação” (1934). Com base nestas leituras, evidenciou-se uma narrativa que busca demonstrar que o referido ministério possuía uma importância efetiva para a consolidação das políticas de desenvolvimento econômico e social, com a expansão do mercado interno brasileiro e a integração das diversas regiões do país, numa busca pela superação dos efeitos decorrentes da crise de 1929. Dessa forma, demonstra-se que o raio de atuação do Ministério da Viação e Obras Públicas foi bem mais abrangente e não se restringiu, apenas, ao combate à seca, pois as obras de infraestrutura realizadas pelo referido ministério abrangeram vários estados do país. Entretanto, toda a lógica do nacional-desenvolvimentismo acaba por preservar a estrutura agrária no Nordeste e, em contrapartida, desenvolve a indústria na região Centro-Sul do país, por isso o capitalismo brasileiro acaba se estruturando e se articulando a partir de um desenvolvimento regional desigual. A narrativa, presente nos relatórios, também demonstram que José Américo possuía uma preocupação efetiva com a sua imagem enquanto gestor, ou seja, um ministro que estava muito cioso sobre como a sua gestão seria percebida e avaliada em um futuro não muito distante e que sentia a necessidade de deixar um legado por escrito. Para o desenvolvimento dessa pesquisa, foi utilizado o método quanti-qualitativo e como procedimento metodológico, delimitou-se a coleta de dados a começar pela pesquisa bibliográfica (fontes secundárias) e documental (fontes primárias), analisando e fichando algumas das principais notícias referentes a atuação de José Américo e ao Governo Provisório, encontradas no jornal A União, além de outros jornais de circulação nacional, a exemplo do Correio da Manhã. Também pesquisamos o arquivo Público do Estado que se encontra no Espaço Cultural, a Fundação Casa José Américo de Almeida e a biblioteca particular do senhor Maurílio de Almeida.