Composição tecidual e análise econômica de cortes especiais de ovinos suplementados com blocos multinutricionais.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25451 |
Resumo: | Objetivou-se com este trabalho comparar a composição tecidual dos principais cortes especiais de ovinos suplementados com blocos multinutricionais (BMs) com e sem adição de farelo de batata de purga (O. macrocarpa) na sua composição e analisar a viabilidade financeira e econômica desses cortes especiais. A pesquisa foi realizada no Núcleo de Pesquisa e Ensino do Semiárido (NUPEÁRIDO) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) no setor de processamento de carnes da Mocó Agropecuária Ltda. na Fazenda Tamanduá, Santa Terezinha-PB. Os BMs foram produzidos pela Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A. (EMEPA-PB). Foram utilizados 24 ovinos tipo Santa Inês, machos inteiros, com idade média de 6 meses, peso vivo médio inicial de 26,5 kg. Os animais foram divididos em 4 tratamentos: O tratamento 1 (T1) recebeu apenas os BMs (controle positivo); o tratamento 2 (T2) foram os BMs adicionados com farelo de batata de purga, na dose de 1g/Kg/pv; no tratamento 3 (T3) blocos adicionados com o mesmo farelo na dose de 0,5 g/Kg/pv, sendo 50% da dose do T2; e no tratamento 4 (T4) BMs e separadamente por via subcutânea um antihelmíntico químico (Moxidectina 1%) em dose única de 1 mL/50 kg (controle negativo). Ao final do período experimental, os animais foram abatidos. Da carcaça esquerda foram realizados em nove cortes especiais: pescoço fatiado, paleta, carré descoberto, carré coberto, costela, lombo, filé mignon, picanha e perna. Estes foram dissecados e seus tecidos constituintes separados e pesados. A estrutura de custos e receitas utilizada na análise econômica foi o Custo Operacional Efetivo, Custo Operacional Total, Custo Fixo, Custo Variável, Custo Total de Produção, Receita Bruta e a Margem Bruta. A depreciação foi calculada pelo método linear. O Fluxo de caixa foi formado por valores relativos às entradas e saídas de recursos e produtos por unidade de tempo que integram a proposta de investimento. Foi considerado o horizonte temporal de 10 anos. Foram considerados três indicadores de viabilidade econômica: Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e o Payback simples. A Taxa Mínima de Atratividade de Retorno foi a rentabilidade da caderneta de poupança (6%). Não ocorreram diferenças no consumo dos BMs entre os tratamentos. Em relação aos constituintes teciduais dos cortes especiais, ocorreu diferença significativa (P<0,05) no rendimento total de músculo e na relação músculo/osso do corte “perna” do T2. No corte carré coberto do T2 o músculo Longuissimus dorsi foi mais pesado. No corte “paleta” houve diferença na gordura intermuscular do T4 e T2. No corte costela foi a gordura subcutânea do T4 que ficou superior aos demais. O restante dos cortes especiais não apresentaram diferenças de seus constituintes entre os tratamentos. O custo médio de produção do quilograma de peso vivo foi de R$ 5,23 e por animal abatido de R$ 136,58. As margens bruta e líquida foram positivas. O lucro e a lucratividade tiveram resultados incipientes. O Valor Presente Líquido (VPL) foi negativo e a Taxa Interna de Retorno (TIR) foi superior no modelo de venda do animal vivo. No entanto, nos dois casos, há incapacidade de retorno do investimento (payback) nos próximos dez anos. Pode-se concluir que a utilização de BMs compostos com o farelo de batata de purga como suplemento alimentar de ovinos proporciona ganhos na composição muscular e na gordura de cortes especiais de carcaça, quando consumido na quantidade que permita a ingestão de 1g/ kg/ PV. No tocante a análise econômica, pode-se concluir que não é viável a realização de cortes especiais na carcaça de cordeiros no interior da Paraíba, tendo em vista os baixos valores dos indicadores financeiros que apontam para uma incapacidade de retorno do capital investido ao longo de dez anos, tornando o modelo inviável economicamente. |