Fatores socioeconômicos na participação política dos brasileiros.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9677 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo identificar a associação e a influência dos fatores socioeconômicos no envolvimento do indivíduo em moldes de participação política convencional e contestatória, levando em consideração que a desigualdade socioeconômica extrema em democracias é apontada como uma das causas que enfraqueceriam ou afastariam a participação política do cidadão. O estudo tomou como base o quanto os aspectos socioeconômicos motivam a participação política no nível individual dos brasileiros no período pós-eleitoral de 2014. A hipótese de trabalho foi se há associação entre perfil socioeconômico com a participação política do brasileiro. Para tanto, a participação política foi classificada em quatro tipos: eleitoral; sociopolítica; informação e participação em campanhas. Estes tipos foram elaborados de acordo com critérios de participação de Dahl e inspirado no índice de participação de Martins, Junior e Dantas (2004) e em estudos sobre as tipologias classificatórias de participação de Borba & Ribeiro (2011) e participação não eleitoral de Canton (2016). A dissertação foi dividida em quatro capítulos: os dois primeiros teóricos, cuja abordagem foi ancorada na teoria democrática e participação nas vertentes procedimental e a participacionista, tipologias classificatórias da participação política e fatores socioeconômicos como condicionantes do envolvimento político. O terceiro capítulo dedicou-se a explicação do método quantitativo, apresentação do survey Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB) do CESOP, UNICAMP, pesquisa aplicada no período pós-eleitoral de 2014 e análise dos dados utilizando estatísticas descritiva e inferencial (CHAID e regressão logística binária). O quarto capítulo dedicou-se às considerações finais. Os resultados indicaram que no Brasil a participação política é mínima. Os que mais participam geralmente tendem a ter escolaridade e renda média a alta e, os menos participativos, escolaridade e renda mais baixas. A não participação política apresenta perfil de eleitores mais propensos à baixa escolaridade e baixa renda e, residir em determinadas regiões do Brasil pode elevar a chance de não envolvimento nas ações políticas. O modelo mostrou que o sexo exerce associação com poucas variáveis que compõem a participação. E desinteresse político dos brasileiros sofre influência das baixas escolaridade e renda, do mesmo modo que identificamos essa relação com outros aspectos da participação política. |