Do “fabuloso” à “realidade”: a comunidade de Feiticeiro no Ceará (1932-1942).
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/540 |
Resumo: | O presente trabalho de pesquisa visa analisar a formação da Comunidade de Feiticeiro a partir da construção de um açude como obra emergencial do governo central na seca de 1932. O recorte temporal trabalhado é o período de 1932 a 1942, ou seja, os dez primeiros anos da permanência dos retirantes no espaço objeto de estudo. Tomamos como fontes de investigação o jornal O POVO; relatórios, boletins e fotografias produzidas pela IFOCS; e as narrativas das fontes orais. A efetivação deste estudo se fez com uso de referenciais teóricos de Michel de Certeau com relação aos conceitos de lugar, espaço, estratégias, táticas. Também houve inspiração na experiência de Thompson ao lidar com as relações sociais, conceitos de teatro e contrateatro, e na interpretação de Georges Balandier diante de posturas de líderes políticos. Do ponto de vista acadêmico havia uma lacuna historiográfica a respeito da Comunidade objeto de estudo; no âmbito pessoal é a oportunidade de estudar a respeito de um espaço o qual tenho vínculos afetivos. A conclusão a que se chega, após as análises das fontes, é de que a crise climática e a influência do poder local junto ao governo possibilitaram a aquisição de recursos para construção do Açude Joaquim Távora. Parte dos retirantes usados como mão de obra naquele empreendimento resolveram permanecer no espaço e conquistarem o acesso à terra e a água. Os sujeitos que tradicionalmente eram vítimas de fazendeiros e governos em momentos de irregularidades de chuvas, transformam suas vidas ao usufruírem do espaço que (re) significaram durante e posteriormente a estiagem. Os políticos fizeram surgir o açude, os trabalhadores e suas famílias protagonizaram a formação da Comunidade de Feiticeiro. |