Ovinos e caprinos terminados em caatinga raleada e enriquecida com Capim buffel (Cenchrus ciliaris L.).

• Ano de defesa: 2009
• Autor(a) principal: SILVA, Luiza Daiana Araújo da.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR; PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Nutrição Animal; Ovinocultura; Caprinocultura; Pastagem Nativa - Pequenos Ruminantes - Semiárido; Caprinos e Ovinos - Dieta - Capim Buffel; Caprinos e Ovinos - Manejo Alimentar; Animal Nutrition; Sheep; Goat Breeding; Native Pasture - Small Ruminants - Semiarid; Goats and Sheep - Diet - Capim Buffel; Goats and Sheep - Food Management; Zootecnia
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3742

A vegetação predominante do Semiárido Nordestino é a Caatinga, onde ovinos e caprinos são criados quase sempre extensivamente, tendo como fonte alimentar a forragem oriunda da vegetação nativa, e, na maioria das vezes a qualidade e quantidade do pasto disponível é bastante reduzida, principalmente no período de estiagem. Este aspecto, associado à prática do superpastejo tem comprometido o desenvolvimento das espécies de melhor valor forrageiro, afetando sobremaneira a disponibilidade e a oferta de matéria seca, tendo como consequência a redução no consumo, na digestibilidade e no desempenho dos animais. Diante dessa realidade há necessidade de estratégia de manejo de pastagem para o seu melhor aproveitamento, onde se destaca o raleamento e enriquecimento da Caatinga. O experimento foi conduzido na Fazenda Lameirão pertencente CSTR/UFCG. Foram utilizados 24 animais, 12 caprinos F1 (Bôer x SRD) e 12 ovinos da raça Santa Inês, com 220 dias de idade e com média de peso vivo inicial de 15,00 kg. O manejo alimentar consistiu de pastejo das 8:00 às 17:00 horas, quando eram recolhidos para pernoitarem em baias equipadas com cochos e bebedouros. Para avaliação da MS a vegetação herbácea foi separada em capim Cenchrus ciliaris L., dicotiledôneas herbáceas e outras gramíneas que foram avaliada em 5 períodos. As únicas espécies que tiveram a sua participação nos dois tratamentos até o fim do experimento foram: dentre as gramíneas o capim Cenchrus ciliaris L. e Aristida setifolia, e no grupo das dicotiledôneas a Rhychosia mínima e a Hyptis suaveolens. Em todo período experimental a taxa de acúmulo do capim Cenchrus ciliaris L. não diferiu estatisticamente (P>0,1) entre os períodos avaliados. Foi verificada maior (P<0,1) oferta de capim Cenchrus ciliaris L. nas áreas pastejadas por ovinos 32,9 contra 13,3 em kg de MSV/100 kg PV/dia nas áreas pastejadas por caprinos. O teor de MS do capim buffel (Cenchrus ciliaris L.) no início (01/jun) do experimento foi menor (P<0,1) do que o observado nos demais períodos. Ocorreu variação no desempenho das espécies animais (P<0,05), com os caprinos apresentando um ganho médio diário superior aos caprinos, mas o peso final não variou (P>0,05). A utilização de ovinos e caprinos terminados em Caatinga raleada e enriquecida com capim Cenchrus ciliaris L. favoreceu o desaparecimento das espécies de elevado valor forrageiro. Assim como afetou diminuindo progressivamente na disponibilidade, taxa de acúmulo e na oferta de MS das dicotiledôneas herbácea. A vegetação herbácea não teve sua composição química afetada pelo pastejo dos animais. Quanto a estimativa da digestibilidade da MS dos componentes herbáceos, dentre os dois métodos testado, o mais eficiente foi o da FDNi. Portanto, para as condições de Caatinga raleada e enriquecida com capim buffel, os caprinos não só apresentaram maior consumo como responderam com melhor desempenho produtivo em relação aos ovinos.