Avaliação das características dendométricas, físicas, químicas e energéticas da Aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) e da Leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Lázaro Lavoisier Honorato da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14337
Resumo: A vegetação presente na Caatinga apresenta importância ecológica, cultural e econômica para a população inserida neste bioma. Este trabalho tem o objetivo de avaliar as características dendrométricas, físicas, químicas e energéticas da aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) e da leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit). Foi realizada a supressão de cinco exemplares da Myracrodruon urundeuva e Leucaena leucocephala, seguindo-se critérios de qualidade fenológica e de sanidade, em que foram feitas avaliações dendrométricas, físicas e químicas da madeira, rendimentos após carbonização, análises físicas e química imediata do carvão vegetal. O experimento foi arranjado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), e os valores foram submetidos à análise de variância pelo teste “F” ao nível de 5% de probabilidade. As espécies apresentaram parâmetros dendrométricos com valores médios de DAP 10,00 e 14,08 cm; altura total 8,20 e 12,93 m; altura comercial 4,90 e 10,07 m; volume com casca 0,032 e 0,104 m3; volume sem casca 0,025 e 0,095 m3 para a Myracrodruon urundeuva e a Leucaena leucocephala respectivamente. A Myracrodruon urundeuva apresentou maior densidade básica (740,99 kg/m3) em relação à Leucaena leucocephala (601,96 kg/m3). O teor de cinzas encontrado na Myracrodruon urundeuva (1,08%) foi superior ao da Leucaena leucocephala (0,66%). Já os teores de extrativos totais (12,75 e 10,80%) e holocelulose (59,04 e 59,23%) para a Myracrodruon urundeuva e a Leucaena leucocephala foram semelhantes. A Leucaena leucocephala obteve maior teor de lignina total (29,31%) e o poder calorífico da madeira (4.996,790 kcal/kg). A Myracrodruon urundeuva e a Leucaena leucocephala apresentaram rendimento semelhante, com 41,22% e 40,59% de carvão, 22,07% e 26,45% de líquido condensado e 36,71% e 33,16% de gases não condensáveis. A densidade aparente da Myracrodruon urundeuva (0,59 g/cm3) foi maior que a da Leucaena leucocephala (0,39 g/cm3), porém as espécies mostraram-se semelhantes para a densidade verdadeira, com 1,21 g/cm3 e 1,11 g/cm3 respectivamente. Da mesma forma, o poder calorífico superior não apresentou diferença entre as espécies, Myracrodruon urundeuva (6.869,338 kcal/kg) e Leucaena leucocephala (6977,220 kcal/kg). A quantidade de materiais voláteis liberados e de cinzas produzidas foi superior na Myracrodruon urundeuva com 33,87% e 3,79%. Já o rendimento em carbono fixo foi maior na Leucaena leucocephala (67,15%). Portanto, a madeira das duas espécies apresentaram boas características físicas, químicas e energéticas, podendo-se assim, recomendar a madeira da Leucaena leucocephala para uso com fins energéticos, já que esta é uma espécie exótica, sem restrições de exploração e com excelente adaptabilidade às condições semiáridas. As espécies estudadas apresentaram características energéticas semelhantes, assim a Leucaena leucocephala pode ser utilizada para produção e utilização do carvão vegetal com a mesma eficiência das espécies nativas já conhecidas e usadas para os mesmos fins.